Grito Tupinambá
Composição: Boo Sullivan.Hans, há quanto tempo escondes tua cara,
Tentaste nos silenciar, mas a guerra não para,
Vagas visões, vãs versões, forjadas no medo,
Teu relato é veneno, vã vingança sem credo.
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera,
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história,
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Tu tens os teus desenhos, nós temos a nossa dor,
Teu medo moldado, nossa pele é puro ardor,
Teu punho é fraco, mas a nossa espada é forte,
Os Tupinambás são fogo, e tu és só morte!
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera,
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história,
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Percebe o peso da palavra que empunhas,
Distorces o real e tu o envenenas com suas linhas,
A lâmina de nossa terra corta a tua verdade,
E não há perdão, nem pra tua falsidade!
Foste fraco ao ver o fogo que flameja,
Teus olhos cegos não viam o que a alma proteja,
Teu relato é só ressoar de um eco infiel,
Nós somos Tupinambá, e a nossa história é o céu!
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera,
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história,
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Foste cegado, mas o grito vai te abalar,
Teu conto de mentira, nunca vai nos calar,
Agora ouve o rugido, a revolta a bradar,
Tupinambá é nossa voz, e ela vai ecoar!