Mentiram sobre nossa queda, Falaram que descobrimos a terra, Mas nós, que aqui já vivíamos, Fomos apagados pela dor e a guerra. Traziam ouro e promessas vazias, Mas a morte foi o que nos deram, A cura estava nas suas mãos, Mas foi com veneno que nos mataram. Eles chamam de ‘civilização’, Mas é mentira, é genocídio! Nos mataram e agora dizem que não, Mas o sangue ainda está nos rios. O silêncio dos mortos grita forte, A terra que sangra clama por justiça. Do passado ao presente, o eco não para, O Brasil nunca se libertou dessa maldição! Nos mataram com as suas armas, Com suas leis que não valem nada. A terra é nossa, não é mercadoria, Mas ainda temos que lutar por ela todo dia. São os fazendeiros, garimpeiros e milicianos, Que assinam o fim do nosso povo, O Estado só fecha os olhos, Mas a luta nunca foi tão viva!