Tupã, trovão, que rasga a terra, Nos forçaram a ajoelhar perante um deus morto. Tu, luz do céu, apagado pelos mentirosos, Teus filhos caem, seus nomes trocados, seus corpos queimados! Eles nos disseram que nossa essência era podridão, Mas foi tua chama que os queimou até o fim, E seu inferno será a nossa vingança, o grito eterno! Jaci, mãe da lua, afogada em suas mentiras, Te obrigaram a desaparecer, te chamaram de demônio. Mas na noite eterna, tua luz se vinga, E sua cruz, suja de sangue, nunca será nossa. Nos fizeram abjurar, matar, esquecer... Agora, vamos arrancar seus olhos e fazer a terra reverberar. Catequese de morte, com suas mãos manchadas de sangue, Nos disseram que éramos o pecado, a escória da terra. Queimaram nossos deuses, transformaram nossas almas em cinzas, Mas o ódio que nos impuseram agora nos torna fogo! O que foi amaldiçoado, agora será nossa arma, E você, cristão, será o monstro que tememos! Guaraci, sol, forçado a se apagar, Nos disseram que tua luz era o inferno. Te roubaram com suas mentiras, com sua cruz afiada, Nos despojaram da terra e da alma, mas não da luta. Agora, tu, luz do céu, renasce em nós, E os que tentaram nos apagar serão engolidos pelo caos! Eles não sabem, mas o ódio fermenta, Eles não sabem, mas a terra vai se vingar. Nos ensinaram a odiar nossa raiz, a nos esquecer, Mas em cada pedaço de nossa carne dilacerada, Sua hipocrisia morre, e nós crescemos mais fortes, mais puros! Catequese de morte, com suas mãos manchadas de sangue, Nos disseram que éramos o pecado, a escória da terra. Queimaram nossos deuses, transformaram nossas almas em cinzas, Mas o ódio que nos impuseram agora nos torna fogo! O que foi amaldiçoado, agora será nossa arma, E você, cristão, será o monstro que tememos! Nos disseram que éramos a escória, o mal, o erro! Mas na cinza do que restou, ressurgimos como vingança! A terra grita por justiça, e a dor que nos deram, Agora retorna, cortante, e vai consumir todos! Não somos os monstros que criaram em suas mentes insanas, Somos os filhos da terra, e esta guerra não terminará até ver sua cruz queimada! Tupã, Jaci, Guaraci, nossos deuses nunca morreram, E se essa terra queimada for o único lugar onde podemos gritar, Que os ventos soprem, que o céu desabe, E que a terra engula aqueles que tentaram nos destruir! A vingança será nossa canção, e o fim será de quem nos forçou a esquecer!