Basta
Composição: Sergio de Oliveira.Como o brilho das estrelas, passageiro aqui na terra.
Meu corpo é um hotel e meus olhos são janelas.
Na tela, vejo os padrões estruturais da matrix.
Se dizendo confiável, e que devo evoluir.
Seduzir, para ver a tal da monocultura aplaudir.
O intervalo comercial têm como função iludir.
Nos dopar com produtos, mecanizar o sorrir.
Comprem um cordão de ouro e ganhe a marquise pra dormir.
Socorro! Há uma etiqueta querendo me vestir.
A merda já estava pisada quando eu nasci.
Mas pra mim já basta, dou descarga, limpo a privada.
Faço fumaça, que desembaça minha vidraça.
Me faz ver e refletir, que tudo não passa de uma farsa.
O caçador quer a caça, para energia consumir.
Dormir, sonhar, para que nunca venha acordar.
Trabalhar sem sessar, caminhar sem sair do lugar,
Ser a principal pilastra que sustenta o topo exatamente onde ele esta.
E a tendência é piorar, eu sei bem, que a maioria diz amém e descansam no sofá.
Mas continuam insatisfeitos, vivendo de venenos e sem vontades pra mudar.
Basta!
Vejam o céu, ardendo em chamas, vejam as pessoas e seus lindos pijamas.
Indispostos a se levantarem de suas camas, permanece no estado coma.
Internacional concurso curupira maratona, circuito oval acelerando no daytona.
Enquanto isso evolução é gringo na Amazônia, feira do rolo falta de vergonha.
A esperança esta morta disse a dona cegonha, enquanto ainda houver um só escravo da maldita babilônia.
Eu sei bem quem sou e para que estou, o nosso paraíso vejam só como mudou.
O desenvolvimento travou uns dois por cento, controlam esse voou.
E o restante são todos tripulantes que embarcaram nesse voou.
Aceitando viver nesse horror, a vontade um motor que parou, perdeu forças e o vento levou.
É preciso um basta religar o reator, desligar o invisível chip que nos mantem robôs.
Derreter toda a prata e encher o tambor, acertar o conde Drácula antes do sol se por.
Para nascer um novo dia, não esperar pela profecia, pois em cada moradia que reside o salvador.
Basta!