Pout Pourri Modão
Composição: (Disparada - Compositores: Geraldo Vandré/Théo de Barros / Cavalo enxuto - Compositores: Lourival Dos Santos / Moacyr Dos Santos / Poeira da estrada - Compositores: Rick/João Paulo / Memória esquecida.Prepare o seu coração
Pras coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora de lugar
Eu vivo pra consertar
Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei
-
Eu tenho um vizinho rico
Fazendeiro endinheirado
Não anda mais a cavalo
Só compra carro importado
Eu conservo a minha tropa
O meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno
Só me chama de quadrado
Namoramos a mesma moça
Veja só o resultado
O progresso é coisa boa
Reconheço e não discuto
Mas aqui no meu sertão
Meu cavalo é absoluto
Foi Deus e a natureza
Quem criou esse produto
Essa vitória foi minha
E do meu cavalo enxuto
A menina hoje vive
Nos braços deste matuto
-
Estrada que era vermelha de terra
Que o progresso trouxe o asfaltado e cobriu
Estrada que hoje chama rodovia
Estrada onde um dia meu sonho seguiu
Estrada que antes era boiadeira
Estrada de poeira, de sol, chuva e frio
Estrada ainda resta um pequeno pedaço
A poeira do laço que ainda não saiu
-
Ai que vontade de ouvir agora
O som da viola num pagode bom
Lindas guarânias que a gente arrepia
No som, na magia do acordeon
Cadê o tal cantador de verdade
Com simplicidade, alma e coração
Apaixonado pela natureza
Cantava as belezas desse meu sertão
-
Eu vim lá do interior
Pra mostrar o meu valor
Para o povo da cidade
Quando deixei o meu sertão
Trouxe no meu coração
Muito amor e saudade
Dentro da minha sacola
Além da minha viola
Veio muita esperança
De um dia alcançar sucesso
E conquistar
O Brasil de ponta a ponta
É por isso que eu canto
E moda de viola
É o que me inspira
Tenho orgulho de ser caipira
Não nego a minha raça
Sou bruto, fiel
Uso chapéu de palha, botina
E disso não tenho vergonha
Quem me perguntar
Repondo com orgulho
E faço parte da turma do chapéu
Sou caipira, nascido e criado
No meio da roça
Eu tenho saudade da minha palhoça
Que pena, são tempos que não voltam mais
Quando bate a saudade
Só tem uma coisa que me consola
É cantar e tocar moda de viola
Mostra violeiro como é que se faz