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Joan Neto e Daniel

Joan Neto e Daniel

EstiloSertanejo
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Pout Pourri Modão

Composição: (Disparada - Compositores: Geraldo Vandré/Théo de Barros / Cavalo enxuto - Compositores: Lourival Dos Santos / Moacyr Dos Santos / Poeira da estrada - Compositores: Rick/João Paulo / Memória esquecida.
Prepare o seu coração Pras coisas Que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar Aprendi a dizer não Ver a morte sem chorar E a morte, o destino, tudo A morte e o destino, tudo Estava fora de lugar Eu vivo pra consertar Boiadeiro muito tempo Laço firme e braço forte Muito gado, muita gente Pela vida segurei Seguia como num sonho E boiadeiro era um rei Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E já que um dia montei Agora sou cavaleiro Laço firme e braço forte Num reino que não tem rei - Eu tenho um vizinho rico Fazendeiro endinheirado Não anda mais a cavalo Só compra carro importado Eu conservo a minha tropa O meu cavalo ensinado O fazendeiro moderno Só me chama de quadrado Namoramos a mesma moça Veja só o resultado O progresso é coisa boa Reconheço e não discuto Mas aqui no meu sertão Meu cavalo é absoluto Foi Deus e a natureza Quem criou esse produto Essa vitória foi minha E do meu cavalo enxuto A menina hoje vive Nos braços deste matuto - Estrada que era vermelha de terra Que o progresso trouxe o asfaltado e cobriu Estrada que hoje chama rodovia Estrada onde um dia meu sonho seguiu Estrada que antes era boiadeira Estrada de poeira, de sol, chuva e frio Estrada ainda resta um pequeno pedaço A poeira do laço que ainda não saiu - Ai que vontade de ouvir agora O som da viola num pagode bom Lindas guarânias que a gente arrepia No som, na magia do acordeon Cadê o tal cantador de verdade Com simplicidade, alma e coração Apaixonado pela natureza Cantava as belezas desse meu sertão - Eu vim lá do interior Pra mostrar o meu valor Para o povo da cidade Quando deixei o meu sertão Trouxe no meu coração Muito amor e saudade Dentro da minha sacola Além da minha viola Veio muita esperança De um dia alcançar sucesso E conquistar O Brasil de ponta a ponta É por isso que eu canto E moda de viola É o que me inspira Tenho orgulho de ser caipira Não nego a minha raça Sou bruto, fiel Uso chapéu de palha, botina E disso não tenho vergonha Quem me perguntar Repondo com orgulho E faço parte da turma do chapéu Sou caipira, nascido e criado No meio da roça Eu tenho saudade da minha palhoça Que pena, são tempos que não voltam mais Quando bate a saudade Só tem uma coisa que me consola É cantar e tocar moda de viola Mostra violeiro como é que se faz

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