- Central do Brasil862 plays
- Despir306 plays
- Itamaracá de Iemanjá672 plays
- Açúde206 plays
- O que não entendo380 plays
- Apice146 plays
- Maracatu Olinda215 plays
- Mamae Mentiu518 plays
- Ao te ouvir343 plays
- Lingua Fria103 plays
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Release
Falar de Juliana é falar de força!
Tamanha força é só o que poderia explicar a trajetória surpreendente percorrida por essa cantora.
Ainda cedo, foi justamente a imagem de cantora que afigurou-se-lhe na mente, que a fez seguir corajosamente as veredas que a levariam ao irresistível destino que a esperava ? a música!
Ora abrindo as portas do mundo, ora abrindo as portas de si mesma, ela percorreu por caminhos vários, experimentando, ousando, alquimizando a própria essência na tarefa árdua da auto-descoberta ? engenhando-se, polindo-se, revolucionando-se!
A bela gaúcha de olhos verdes, soube acrescer, dos suaves ares do Sul, toda a simplicidade e sublime pureza que permeia o Rio Grande à gana, raça e determinação inseparáveis ao eixo ?Rio-São Paulo?, como bem se nota em seu trabalho.
Com uma evidente mistura de estilos variados, temática diversificada, forte batida e influência das mais ricas fontes, ela encontrou no pernambucano Fernando Ben a chave que definitivamente abriria os seus caminhos e consumaria o que já estava previsto: a gravação de seu álbum autoral.
O enlace e coesão entre ambos foram tamanhos que já se torna impossível separá-los ? estando eles, colados um ao outro, como a pele ao corpo.
Fernando, numa empatia mística, soube ouvir-lhe os anseios femininos e construiu canções que mais parecem projeções íntimas da própria alma de Juliana.
Em ?Central do Brasil? notamos todo esse caldeirão de misturas aquilatados pela cantora, envoltos por belas frases e traços próximos ao maracatu do interior.
Em ?Despir? vemos a principal motivação humana ? o amor ? em tons de súplica, cantada solenemente de modo a nos interiorizar para os templos de dentro.
Já em ?Itamaracá de Iemanjá? vemos os traços claros desta gaúcha acariocada, como aquela que pede, louva e reverencia a Divindade das águas face às incertezas da paixão e todo o frenesi que a mesma evoca. Por fim, em ?Açude?, é que temos a certeza de que o sucesso será inevitável: é especificamente nesta canção que toda a técnica, garra e soberania de Juliana Farina se evidencia ? ela não só canta, troveja; ela não só provoca, exorta; ela não só vibra, move mesmo!!!
O que dizer mais?
Juliana, a música não pode mais te esperar!
Ela pede-nos pra que você Lhe dê passagem, vazão, vida?
Parafraseando o próprio Bem, não há como deixar de te dizer: ?você ?nos? faz ir ao céu sem sair do chão?
Você é um ?beijuliana? nos ouvidos nossos!!!
Crítica do Escritor/Poeta/Compositor ?Moreno Pessoa? - SP: