Cotidiano Genocida
Composição: Mano Gueto.Mais uma Mãe que chora o Sangue derramado,Cotidiano Genocida o morticínio do tráfico
O Sistema impõe agora oque sobra nessa hora,vela no caixão e flores em Memória
Pobreza e Riqueza caminham separados uma voa rumo ao céus e a outra afunda num buraco
Esse é o Retrato indecifrável que verte Vida,formando um rio de Sangue onde se criam os Homicidas
E no foco do ideal no calor da batalha,é que surgem as forças revolucionárias
No Papel no verbo microfone ou arma,o impacto é o mesmo é letal a rajada
Chega de embaixo da chuva olhar na janela,família brindando a felicidade na tela
Onde o filho do rico com 10 já tem Iati, troféu 1º lugar na corrida de Kart
Nariz empinado Mormai Lupa na cara,no futuro mais um corpo estendido na vala
O cu que da rizada cospe no seu rosto, humilha e afirma que pobre nasce morto
Amanhã vai ta com a cara desfigurada,é o terror que resplandece quando o Preto se revolta
Sou soldado da verdade da revolução,é a mesma opinião até trombar meu caixão
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito
Já quis ta na mansão catando seu dinheiro,hoje foda-se seu Nissan seus apartamentos
Sei que o boy me quer no Opala tachando ser bandido,destilando meu veneno no coração do oprimido
Será que não intende aqui não é Novela, não tem filé nem ouro no pescoço da cadela
Não é Jardim do castelo condomínio de Luxo, aqui é Favela periferia subúrbio
Prefiro ta no mormaço arrancando pedra no asfalto,do que ta dentro do carro metendo os cano no seu rabo
Pra um dia não ver meu filho seguindo meu exemplo,algemado dividindo jumbo com outro detento
Nem usando calça atolada no pagode do prego, de refém ajoelhado na mira do ferro
Se não fosse o Rap taria de dinamite invadindo o prédio explodindo sua suite
Dando a vida na BR arriscando a sorte,jogando caminhão pipa pra cima de carro forte
Mas não quis minha mãe com faixa no portão da detenção,incendiando busão na manifestação
Sei que o gambé quer meu sangue escorrendo no seu Pálio, na tentativa de furto no quadro de Picasso
Aposentei minha glock minha 380,não quero corpo pra legista nem pra necrotério
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito
Opacos não faz Rap pra grupo invejoso, cuzão zé povinho até a VEJA cresce os zóio
Torcendo rezando pro meu sangue jorrado, no balcão do bar levando tiro faconasso
Mas não vai levar boy eu to aqui, quer me ver quer sorrir 'Pow Pow' aguenta ai
Cai fora paga-pau que eu não to por latrocínio, mas se quer me ver cai não vou da boi pra inimigo
Aqui o sistema genocida suicida, é atira mata morre ou segura com a mão na Biblia
Por isso eu to de pé não vou cair jamais,nas batalhas da vida eu sou soldado da Paz
Com a mesma opinião prossigo na missão,no epicentro do protesto da manifestação
Chega de morador se escondendo em cima do forro,a cada troca de tiro na invasão do morro
Ou a menina de 10 anos com a bala alojada na nuca,pela pura incompetência deses gambé filho da puta
Educador diz pra não roubar não matar,mas quando se precisa quem do seu lado está?
Ninguém, como diz o pastor "dá ou desce", não quero statos de bandido mandando corpo pra IML
Quando tiver quase morto só quero a Bandeira dos Opacos,e a oração de São João no meu Caixão condecorado
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito
Aqui é onde o Tiro não trás o sorriso, Sangue escorre Mãe chora pelo Filho
A Marcha segue em luto, direto pro abismo, dei-me a direção Sagrado Manuscrito