A morte do dinamite
Composição: Ory Souza.Depois de muito trabalho, muitas lutas e peleia
Nunca frouxou o garrão, enfrentou parada feia
Depois de tanto trabalho mereceu se aposentar
Larguei junto à manada para poder descansar
Se sentindo poderoso, grande macho dominante
Conduzindo a manada pelos campos verdejante'
Não temia o perigo, topava qualquer parada
Fazendo papel de macho e dando conta da eguada
Peleava com potro novo e imponhava respeito
Espantava predador peleando de qualquer jeito
Impondo sua liderança alguns macho' ele matou
Perseguindo um intruso uma paleta quebrou
Conferindo o sofrimento me doeu no coração
Do jeito que me olhava pedindo uma solução
Os carniceiro' já estavam esperando me afastar
Querendo saciar a fome e a carcaça devorar
Olhando este cenário até me doía por dentro
Meti seis balas na testa e acabou o sofrimento
Recarreguei o revólver e sentei ali bem perto
Deu o último suspiro e morreu de olho aberto
Com o revólver carregado comecei a alvejar
Matei vários carniceiros para depois me afastar
Virei as costa' pra ele, fui saindo devagar
Abandonei o sertão e não voltei neste lugar
A natureza é imparcial, não favorece ninguém
Os fortes que sempre vencem um dia perde' também
Eu perdi o meu parceiro, meu amigo e meu irmão
Peleamos lado a lado e nunca frouxou o garrão