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Ory Souza, Selvagem por Excelência
EstiloSertanejo
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Estouro de Tropa

Composição: Mano Lima.
A tropa vinha assombrada, caminhava e não deitou Por volta da madrugada o segundo quarto pegou Tava arrumando os arreio’ e um quero-quero gritou Eu disse pros companheiro’, a nossa tropa estourou Tava na ronda o patrício, o lotário, o lico e o betão Também vinha o chico souza, o maurante, o josé, o carlão Vinha também o djalma arrumando os redomão Eu, que era o capataz, ia da tropa ao fogão Mas deus andava na terra e estava junto comigo Eu fui recorrer invernada pra ver onde havia perigo Olhar alguma sanga braba porque havia pressentido Que a tropa ia correr, eu sempre fui precavido Pra isso tava chovendo e o capim tava molhado No que saí vi um tropeiro de a pé e “tudo” embarrado Me disse ele, eu rodei, meu cavalo está quebrado Os companheiro’ não sei, decerto estão com o gado Eu me encontrei com a tropa bem no meio da envernada Quando escutei um rumor, ela vinha arrematada Dei-lhe uns tiro’ pra cima e abri bem forte minha goela E o patrício “véio” vinha peleando no corpo dela A tropa, quando se assombra, na ronda sempre dispara Quando o tropeiro se assusta grita ovo e salta clara Não corra na ponta, amigo, que é um perigo, meu irmão Se atire sobre o fiador e deixe que “floxe” o garrão Sob a costa do butuí, no coração do banhado Bem no miolo do boi, por ali que eu fui criado Laçando e maneando tropa, faturando gado alçado Largando rumo a pelotas, tupã, rio grande ou rosário

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