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Ory Souza, Selvagem por Excelência
EstiloSertanejo
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Rio das antas eterno

Composição: Ory Souza.
Na costa do rio das Antas eu nasci e fui criado Pescando cascudo a unha e jundiá amarelado Quando roncava a enchente ali que eu me preparava Pegava meu samburá e na barranca acampava Sentava lá na barranca e ficava observando Olhando a água subir e a cachoeira roncando Boleava o meu varejo que era de linha tucum E lá no meio do poço o chumbo fazia tum Eu ficava ali chuleando, só sentindo a beliscada E dentro de pouco tempo já sentia a carregada Jundiá do bigode grande era o que lá mais tinha E as traíras caborteira' querendo cortar minha linha Anzol velho reforçado pra peixe não endireitar Com empate de arame pras traíra' não cortar Ficava ali pescando, tinha peixe à reveria E quando baixava o rio tava feita a pescaria A emoção era grande ainda trago na memória Cada peixe que puxava vinha junto uma história História de pescador que passa por geração E continua gravado no fundo do coração Meu velho avô contava história de pescaria Depois que ele morreu, meu pai sempre repetia Agora chegou a vez de contar a minha história Rio das Antas continua eternamente na memória

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