Soberano da tropa
Composição: Ory Souza.A tropa erada de peso, existia um touro mocho
Touro valente e ligeiro, daqueles do saco roxo
Pisava a ponta do casco, mal encostava o capim
Quando separou do lote eu gritei, deixa pra mim
Desatei o doze-braça' e gritei para o parceiro
É dono do touro mocho quem laçar ele primeiro
Zé Fortuna pescoceou o mocho que deu no pé
O lançante era forte, o mocho arrastou o Zé
Rolando neste lançante sem saber o que fazer
Na direção de um penhasco, coisa feia de se ver
Zé gritou, chega, parceiro, ou então vamos morrer
Se cair neste penhasco nem corvo acha pra comer
Não te assusta, meu parceiro, que já estamos chegando
Arrojei o Dinamite e o mocho fui pescoceando
Ringiu a argola do laço, o travessão e a sela
O peso do Dinamite fez mocho abrir a goela
O mocho largou fincado, Dinamite aguentou o peso
Cortou a presilha do laço, o Zé Fortuna sai ileso
Convidei o Dinamite que cravou os casco' no chão
Arrastou o mocho de volta e iniciou a carneação
No embalo que o mocho ia o golpe foi coordenado
O mocho caiu de lombo com o pescoço quebrado
O xiru velho açougueiro terminou a carneação
E eu e o' meus companheiros seguimo' a nossa missão