Interrogado
Composição: Poesia Letal.Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal
Me perguntando porque, meu corre deu errado
Sala fechada agora é tarde, to interrogado
Mesmo sabendo que é rei, arrisquei
Fui no corre dos malote
Chei de nota de cem
Mais uma vez me encontro naquela sala fechada
Suando frio e o delegado me perguntando umas parada
Querendo saber qual que foi daquela fita
Que eu rodei por causa de uma escolha maldita
Sem dinheiro ou opção era roubar ou trabalhar
Mas emprego não rola... (pra quem foi preso, rapá!)
Cena forte e cabulosa, coisa triste de se ver
No barraco com a família, sem ter nada pra comer
Pra mim já deu, aí doutor
A vida quis assim, a morte pro meu mano
E o presídio pra mim
Você se acha esperto, pensa que é o bandidão
Foi sem dó na madrugada, invadiu a mansão
Botou terror, deu coronhada
O tempo todo agressivo, com revolver na mão
Ameaçando de dá tiro
Tu não sabe o que eu vivo
Não conhece minha quebrada
Tratado como bicho, como se eu não fosse nada
No dia do assalto tava eu e um mano meu
Eu to preso aqui, infelizmente ele morreu
Invadimos a mansão, a mil, alucinados
Mas antes de entrar queimamos aquele baseado
Acordamos o bacana coronhada na cabeça
Pra mostrar pro cuzão, que nois não tá de brincadeira
A mulher se assustou e começou a gritar
Cala a boca rapariga, se não, vou te matar
Intimei a senha do cofre mas o boy não quis me dá
Engatilhei um três janelas pra ajudar ele lembrar
Desacreditou, pensou que era novela
Depois tremeu na base com atitude da favela
Deu azar vagabundo porque o vizinho se ligou
Percebeu o movimento na la casa do doutor
Chamado atendido, sem chance de fugir
A casa tá cercada, não vai ter como sair
Encurralado mesmo assim você não quis se entregar
Catou logo um refém pra poder negociar
Se der mole vai morrer
Mania de bandido, morre metralhado
Mas não se entrega vivo
Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal
Me perguntando porque, meu corre deu errado
Sala fechada agora é tarde, to interrogado
Mesmo sabendo que é rei, arrisquei
Fui no corre dos malote
Chei de nota de cem
Pronto pra invadir, choque bope acionado
Atirador de elite, lá em cima do telhado
Imprensa no local, colete a prova de bala
Sua mãe desesperada chorando lá na calçada
O águia da pm a casa sobrevoando
Movimento, ação intensa chei de gente aglomerando
Se correr o bicho pega se ficar a bala come
Se forçar a barra, morre
Tentando ser super-homem
A cena tava louca, a tensão tava no ar
E a polícia na estiga pra poder atirar
Oh novidade, hein...
Meu parceiro me falou
Prefiro morrer mas pra cadeira eu não vou
Minha morte vai servir de audiência na tv
O meu corpo indigente pra alguém reconhecer
Morto ou preso meu destino, eu sei
Troquei ideia com neguin e depois me entreguei
Aí malandro escolha certa, uma pelo o menos
Porque o final do neguin eu e você já sabemos
A fita, foi foda, o futuro, forjado
A força federal, fez o filho finado
Não se rendeu, acabou que se fudeu
Fez a vítima de escudo, não teve jeito, morreu
Eu vi ele no chão, caído, agonizando
E as ultimas palavras mando o salve pro meu mano
Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal
Me perguntando porque, meu corre deu errado
Sala fechada agora é tarde, to interrogado
Mesmo sabendo que é rei, arrisquei
Fui no corre dos malote
Chei de nota de cem