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POESiA LETAL

POESiA LETAL

Cidade/EstadoBrasília / DF
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Interrogado

Composição: Poesia Letal.
Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal Me perguntando porque, meu corre deu errado Sala fechada agora é tarde, to interrogado Mesmo sabendo que é rei, arrisquei Fui no corre dos malote Chei de nota de cem Mais uma vez me encontro naquela sala fechada Suando frio e o delegado me perguntando umas parada Querendo saber qual que foi daquela fita Que eu rodei por causa de uma escolha maldita Sem dinheiro ou opção era roubar ou trabalhar Mas emprego não rola... (pra quem foi preso, rapá!) Cena forte e cabulosa, coisa triste de se ver No barraco com a família, sem ter nada pra comer Pra mim já deu, aí doutor A vida quis assim, a morte pro meu mano E o presídio pra mim Você se acha esperto, pensa que é o bandidão Foi sem dó na madrugada, invadiu a mansão Botou terror, deu coronhada O tempo todo agressivo, com revolver na mão Ameaçando de dá tiro Tu não sabe o que eu vivo Não conhece minha quebrada Tratado como bicho, como se eu não fosse nada No dia do assalto tava eu e um mano meu Eu to preso aqui, infelizmente ele morreu Invadimos a mansão, a mil, alucinados Mas antes de entrar queimamos aquele baseado Acordamos o bacana coronhada na cabeça Pra mostrar pro cuzão, que nois não tá de brincadeira A mulher se assustou e começou a gritar Cala a boca rapariga, se não, vou te matar Intimei a senha do cofre mas o boy não quis me dá Engatilhei um três janelas pra ajudar ele lembrar Desacreditou, pensou que era novela Depois tremeu na base com atitude da favela Deu azar vagabundo porque o vizinho se ligou Percebeu o movimento na la casa do doutor Chamado atendido, sem chance de fugir A casa tá cercada, não vai ter como sair Encurralado mesmo assim você não quis se entregar Catou logo um refém pra poder negociar Se der mole vai morrer Mania de bandido, morre metralhado Mas não se entrega vivo Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal Me perguntando porque, meu corre deu errado Sala fechada agora é tarde, to interrogado Mesmo sabendo que é rei, arrisquei Fui no corre dos malote Chei de nota de cem Pronto pra invadir, choque bope acionado Atirador de elite, lá em cima do telhado Imprensa no local, colete a prova de bala Sua mãe desesperada chorando lá na calçada O águia da pm a casa sobrevoando Movimento, ação intensa chei de gente aglomerando Se correr o bicho pega se ficar a bala come Se forçar a barra, morre Tentando ser super-homem A cena tava louca, a tensão tava no ar E a polícia na estiga pra poder atirar Oh novidade, hein... Meu parceiro me falou Prefiro morrer mas pra cadeira eu não vou Minha morte vai servir de audiência na tv O meu corpo indigente pra alguém reconhecer Morto ou preso meu destino, eu sei Troquei ideia com neguin e depois me entreguei Aí malandro escolha certa, uma pelo o menos Porque o final do neguin eu e você já sabemos A fita, foi foda, o futuro, forjado A força federal, fez o filho finado Não se rendeu, acabou que se fudeu Fez a vítima de escudo, não teve jeito, morreu Eu vi ele no chão, caído, agonizando E as ultimas palavras mando o salve pro meu mano Interrogado numa sala criminal, na mira de um fuzil fal Me perguntando porque, meu corre deu errado Sala fechada agora é tarde, to interrogado Mesmo sabendo que é rei, arrisquei Fui no corre dos malote Chei de nota de cem

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