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POESiA LETAL

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Cidade/EstadoBrasília / DF
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Qual é o Remédio

Composição: Poesia Letal.
Daquele jeitão, direto das profundezas do Itapoã Talibã mais uma vez POESiA LETAL... discretamente esparrado! Nenhum cientista conseguiu bolar um remédio pra curar Esse mal que contamina Nem o melhor doutor foi capaz de sarar as cicatrizes da vida Diagnóstico ta mal Tendenciado a deixar sequelas É só tragédia e funeral No prontuário das favelas Aí doutor o tempo passou e mentiu quem falou pro senhor que o racismo acabou é maior caôr Castela a capital acabou foi um escambal preto e branco não brindam as taças de cristal Qual é o melhor remédio? Pra esse mundo moderno burguês de carro zero e eu de prego no chinelo Tentando dar fuga do lado podre da perifa enquanto o playboy na piscina aquecida Passa a receita pelo amor de Deus me ajude pobre, preto é preso rico sempre sai impune Diz qual é a solução, ainda existe cura? Pra poder acabar com essa justiça imunda Vai demorar pra acabar com essa mania esquisita enquanto na face da terra existir gente racista Julgam pela cor da pele ou pelos números da conta bancária e a discriminação feita de forma descarada O remédio e lutar e finalizar com a palhaçada se informar pra debater nas idéias cara a cara O preconceito está no jeito que o sujeito anda vestido berma larga é condenado, terno ou farda absolvido Quando tiver uns favelados no senado e no congresso só então nós vamos ver a favela ter progresso Antes de apertar aquele verde pra votar lembra que o voto tem o poder pra fazer tudo mudar Nenhum cientista conseguiu bolar um remédio pra curar Esse mal que contamina Nem o melhor doutor foi capaz de sarar as cicatrizes da vida Diagnóstico ta mal Tendenciado a deixar sequelas É só tragédia e funeral No prontuário das favelas Polícia vem na sede pra prender quem fuma um deixando passar despercebido a olho nu O bacana que trafica armas pra quebrada tumor maligno se alastra como praga Por aqui posso observar que o crime contamina vários contaminados morrem no caminho suicida Enfermos que almejaram tirar o pé da lama só deixaram lembrança no campo da esperança Já não sei o que faço to desesperado Paz, amor, felicidade são momentos raros Quem dera na farmácia tivesse pra comprar to na fila de um remédio pra favela melhorar Tem dor que é tipo um câncer, ferida sem cura existe mais comum do que se pensa eu já vi e a cena é triste Vendo a mãe do menor morto suplicar desesperada a receita de um remédio pra curar a dor da alma História presenciada na periferia de onde eu vim vendo um mundo desigual desde o dia que eu nasci Já que o crime virou epidemia na quebrada cultura é solução mas por aqui é coisa rara Justiça no Brasil é piada, e ainda muito sem graça não está massa de ver Pra aliviar dá umas bola na massa se é polícia disfarça e depois segue o rolê Nenhum cientista conseguiu bolar um remédio pra curar Esse mal que contamina Nem o melhor doutor foi capaz de sarar as cicatrizes da vida Diagnóstico ta mal Tendenciado a deixar sequelas É só tragédia e funeral No prontuário das favelas

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