Triste Berrante / Comitiva Esperança
Composição: Adauto Antonio Dos Santos, Almir Eduardo Melke Sater, Paulo Jorge Simoes Correa Filho.Já vai bem longe este tempo, bem sei
Tão longe que até penso que eu sonhei
Que lindo quando a gente ouvia distante
O som daquele triste berrante
E um boiadeiro a gritar, êia!
E eu ficava ali na beira da estrada
Vendo caminhar a boiada até o último boi passar
Ali passava boi, passava boiada
Tinha uma palmeira na beira da estrada
Onde foi gravado muito coração
Onde foi gravado muito coração
Lá, lá lá iá lá iá....
Mas sempre foi assim e sempre será
O novo vem e o velho tem que parar
O progresso cobriu a poeira da estrada
E esse tudo que é o meu nada
Eu hoje tenho que acatar e chorar
Mas mesmo vendo gente, carros passando
Meus olhos estão enchergando uma boiada passar
Nossa viagem não é ligeira
Ninguém tem pressa de chegar
A nossa estrada é boiadeira
Não interessa onde vai dar
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piqueri, o São Lourenço e o Paraguai
Tá de passagem, abre a porteira
Conforme for pra pernoitar
Se a gente é boa, hospitaleira
A Comitiva vai tocar
Moda ligeira, que é uma doideira
Assanha o povo e faz dançar
Ou moda lenta que faz sonhar
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piqueri, o São Lourênço e o Paraguai
Ê, tempo bom que tava por lá
Nem vontade de regressar
Só vortemo eu vô confessar
É que as águas chegaram em janeiro
Descolamos um barco ligeiro
Fomos pra Corumbá