Cante Pelo Momento
Composição: Yunnin.Cante Pelo Momento
Verso 1
Lembra quando cantavamos pra crianças sem nada?
Lembra quando inspiravamos a correr atrás?
Lembra quando os sonhos eram buscaveis
E intoleraveis eramos, quando tentava mais?
Quando foi que o sonho de inspirar foi esquecido?
Quando foi que, os medos ganharam voz?
Lembro quando tudo era combustivel
Ódio, amor, inimigos, parças, pais, irmãos, avós...
O que mudou? Algo está errado, vê
Tantos parecendo ter tanta pressa de morrer
Outros tantos parecendo ter pressa de estar vivo
Se dispondo a morrer por qualquer mero incentivo
A vida se tornou frágil, os egos mais iludidos
Os cegos tem mais visão do que quem ta sem motivo
Os likes tão valendo mais do que a presença em si
E só por meio de Tweet ou postagem pra se abrir
Mas tudo certo né, sou só outro zé
Aqueles invisiveis, que ninguém sabe quem é
E sabendo como funciona esse mundo
Continuo burro, por gravar os sons que ninguém quer
Porque, pensar ninguém quer, tentar ninguém quer
Nas vezes que ta errado, aceitar que ta errado e mudar, quem quer?
O jeito é, fica na própria bolha, e se encolha, reclama depois
Quando não tiver mais volta na escolha.
É tarde demais de qualquer forma, certo?
Digo, seria tão mais fácil se fossem te deixar perto
Mas por ser incerto, desiste e nem tenta um pouco
Me culpe por ser escroto, mas por ta certo eu sou louco?
Ham.. Tudo bem, eu devo ser.
Por tentar acreditando não ter nada a perder
Mas pensando bem, quem vai saber...
Sanidades vem e vão sem ninguém perceber
Refrão
Sing with me, sing for the year (Sing it!)
Sing for the laughter, sing for the tear (Come on!)
Sing it with me, just for today
Maybe tomorrow, the good Lord will take you away
Verso 2
Me pergunto, se cantarmos, quem vai ouvir?
Será que realmente precisa alguem ouvir?
Será que liberar sentimentos me basta?
Será que alguém se identificando basta?
Por que será que me sinto uma plasta?
Canto pra me manter perto e o mundo me afasta
Quantos mais se sentem como se fossem um grande nada?
O mundo coleta corpos e depois arrasta...
A música tem sua mistíca quando mexe com a gente, sabe
O jeito que altera humores, frases e fases
Mas o entretenimento agora é diferente, é zuarmos a si mesmo
E sair quase inconsciente
Tendo a mente distorcida com tantos entorcepecentes
Pra que ser decente, se não der história é indiferente
Mas são tantas letras de artistas desconhecidos
Que impressionariam se déssemos um passo a frente
Quantas vezes cê já pensou que nada te preenche?
Que por mais que tente, segue tão vazio quanto sobra de enchente
Lares quebrados, junto a almas e garrafas
Tão cheio de mágoas mas nunca desabafa
Qual foi o ultimo novato que ce deu uma chance?
Qual foi o ultimo som em que cê se viu de relance?
Qual foi a ultima vez em que de surpresa
Uma letra que cê ouvia mexeu com a sua cabeça?
É por isso que canto, trazendo à todo recanto
Um recado que desse lado, ainda cedo à encantos
De letras feitas com preza, que sente a alma nela
Presente, independente do tema, mas sim da mente
E a forma que desenvolve, o jeito que nos envolve
O rap que nunca morre é o que é feito, não pra ser love
Ou pra ódio, mas pro que move ao pódio
Por inspirar à não se deixar pirar, então não fode