Verso 1 Circunstâncias onde advoguei pro diabo Em épocas que o money vem em se fazer odiado E grupos veêm que convém se manter rodeado Do ódio ao próximo também, pois se veem motivados Confesso que prefiro ver vocês serem hipócritas E desistir dessa maldita visão mórbida Nem que finja uns "salve familia, a rua é nois que ta" Sem terras planas, mantém isso em órbita Eras de escuridão voltaram... Tomaram as ruas E quantos nos revoltaram? É graça que não atua Era onde trazer ódio em discurso gera futuro Era onde, veneram a arte de ser imaturo Hipocrisia de minha parte, vão dizer, eu aturo Moldei minhas linhas, direto do ódio, mas segue seu furo Eu sempre trouxe motivos, não precisei de sussurro E nenhum foi calar bom senso na base do murro Verso 2 Me pego em defesa de Paulo Freire Pé no freio, desses babaca a crer que o grito rende Mas só se for, educação de refém, diz Onde foi que ensinar a ficar quieto nos fez mais que aprendiz? Se conhecimento vira "jogar vida" na latrina O que isso fala sobre sua intenção? Se dialogar em escola, ceis consideram doutrina O que isso fala sobre sua posição? Mentes inóspitas sugerem, que o céu isso gera Biblias só partes que servem, ciência é sujeira Pela razão absoluta, o inferno congela Pirâmides: obras de alien, é a visão lisonjeira Vale de ficção, e se acha esperto No fim que são dispersos, exércitos de contadores de mentira incertos Sobre o que é certo, mas é tarde pra nóis Céu abre se a narrativa os colocar de heróis