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ABORÍGINE RAP

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Cidade/EstadoSamambaia / DF
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Aborigine - O Monstro No Espelho

Composição: Markão Aborígine.
Num 05 de julho Pra caminhar Pra contemplar Respirar fundo Respirar juntos Porque eu tô Mais apaixonado por mim Distante de meu próprio fim E o monstro que habita em mim Tá aqui, tá aqui E eu tô Mais apaixonado por mim Distante do meu próprio fim E o monstro que habita em mim O venci Se o pensamento acelera Levanto e vou pra sala Cubro o rosto com a coberta Pra não ouvirem o som da lágrima Lágrimas Que a tanto tempo contive Me fiz forte um personagem que nunca fica triste Sem capas Mas desejei ter poderes Por algum tempo dormir foi um deles Esposa e filhos, me escondi deles Fingia tá ali, longínquo a vários meses Não só com eles Trabalho, música, família Minha vocação Foi esconder a mão enquanto tremia Culpar a bula Pela tontura Noites em claro Emoções turvas Perguntas: Que lágrima é essa enquanto dirijo? Por que tô olhando, mas não enxergo meu filho? Por que desse medo? Por que desse vazio? Me olhei no espelho Vi a vida por um fio Shiuu Escrever essa parte Fo difícil Fosse o Markão lá de trás Diria que foi um cisco Talvez é canceriano Não tem sentimentos Não é humano, não é humano Parece bobo, mas me prenderam nesse pensamento A cada vez que pensei expressar um sentimento Parte de vocês alimentou o monstro aqui dentro Agradecimentos! E eu tô Mais apaixonado por mim (estou sim) Distante de meu próprio fim (a cada dia) E o monstro que habita em mim O conheci Tá aqui Estou mais apaixonado por mim Distante de meu próprio fim (diariamente) E o monstro que habita em mim O venci (não tão fácil assim) Somos complexos Num complexo que aprisiona Se o espelho tem reflexos Esse reflexo o condiciona E o mesmo olho vermelho Trouxe outro efeito Me fiz rizoma Me fiz rizoma Viajei no tempo Me vi criança Entendi que a timidez Era a mesma ansia O mesmo medo Mesmo receio. Insegurança Pena que trouxe a solidão Pra debaixo da cama Adolesci assim Irmão mais novo que foi benzido Na primeira infância carregado nos braços, desfalecido Nossos corpos carregam traumas Mas meus traumas não advém disso Não advém disso Descobri a escrita O Rep E o pixo O gordinho de Samambaia Agora fazia amigos Mas foi ensinado a odiar-se Chorava enquanto se esquivava disso Princípio do precipício Daí fui juntando pessoas Buscando extrair somente as partes boas Me fiz solidário pra esquecer o solitário Em minha própria pessoa Uma péssima escolha Mas já superei as algemas Rasguei o capítulo da sentença Do monstro? Ainda sinto sua presença Mas agora ele que estremece quando me enfrenta T.K.O Mais apaixonado por mim (sim) Distante de meu próprio fim (bem distante) Mas não Não se trata do refrão Se trata de dizer que tô aqui, que tô aqui Forte e belo como sempre como fui Diferente: trouxe esse mostro a luz E deixar nítido que o Markão forte dos palcos Por si tá cada vez mais apaixonado Te amo Rose Te amo Júnior Te amo Carlos Me desculpa Obrigado

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