Existe alguém aqui além de nós? Existe alguém aqui além de nós? Existe. Observando as nuvens de trevas que me cerca, vai fechando a paisagem, em nuvem cinzenta, EGRÉGORA. Me acerta, como tiro de flecha. Direto, perfura, vira seta pro outro lado. Que não preciso de nenhum aliado, com o medo tenho me armado e meus monstros eu abraço. Anarco meu legado, olho do monstro, ministro do acaso. Submisso pelo nó laçado, maldito destino traçado. Bota aqui do meu lado as ideias de risco num prato. Tá vendo meu olho avermelhado, mas é do ódio, não do trago. E ele me testa, mete a testa, que o diabo faz a fest e você me contesta. E meu tiro mesmo sem mira te acerta. Na tua neura, cê não me neura, enquanto as porta cê fecha, como barata atravesso as frestas. Suas limitação, cifrão. Os meus portal cê num atravessa. As máscaras que cê usa não esconde a podridão da sua alma aberta. Subtendido o tormento, submetido o sujeito, subversão do pensamento. A única coisa que sugo é conhecimento. Vazio são os conhecidos de perto, que não olha pra dentro, tudo mais do mesmo. Na terra deixando peso. E o que pesa é o governo, psicopatia desperta pelo atropelo, despertando o eu que em mim eu desconheço. Virado avesso, cigarro aceso, do lado reverso, mostrando da alma o peso. Existe alguém aqui além de nós nesse reflexo. Além de nós no ranger de dentes, além de nós na nossa mente. Inôrganicos e transparentes, desumanos e inconsequentes. Bate de frente, coragem ausente, poeira que levanta, olhos que espanta, marcados com ferro quente, gados conduzidos sempre em frente. Existe alguém aqui além de nós! Existe alguém aqui além de nós! Existe. E você diz que ta sozinho, se diz esperto. Esquece que existe alguém além de nós nesse reflexo. Mas eu não nego, aceito a pílula vermelha e me desconecto, a passagem do túnel eu tenho descoberto. Descobri no suor do meu íntimo, aprendo a cada vez que ensino, não tiro ninguém de inimigo, mas atiro toda vez que eu rimo. No meio comum, já ultrapassei escalas, quebrando todos os degrais, depois de subir a escada. Expurgando diariamente todas as minhas mágoas, sigo Fibonacci, na vida me faço elevada. Nunca to sozinha, além de nós tem muitas almas. Nunca to sozinha, além de nós tem muitas almas.