Ninguém Vence Sem Lutar
Composição: Acrízio De França.Obra: ninguém vence sem lutar
Autor: Acrízio de França
No sítio da serra eu comecei a cantar, filho de um povo tão pobre que nem podia ajudar, o meu pai era roceiro minha mãe dona de um lar, só me chamava de doido, mais doido era quem chamava, e entre as críticas que eu ouvia tinha uma que dizia que eu nunca chegaria, no canto que desejava.
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Minha primeira viola custou 60 reais, com ajuda dos amigos comprei a anos atrás, que eu não tinha condição e muito piores meus pais, foi aí que comecei, a praticar todo dia, encarei como carreira parece até brincadeira até hoje eu ganho a feira, vivendo de cantoria.
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Eu queria honrar os França mas devido eu ser menino, acharam que eu iria envergonhar Belarmino, mas como ninguém descobre o segredo do destino, eu acreditei em mim, fui além do meu alcance, sem descansar um segundo saí feito um moribundo botei a cara no mundo, caçando a primeira chance.
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Eu nas praças cantei muito até quase sem plateia, mas toda vem que eu cantava pra mim era uma estreia, o tanto que eu sofri o povo não tem ideia, hoje nos cantos que passo, todo mundo me abraça, faria tudo de novo com o povo eu me promovo melhor nos braços do povo, do que nos bancos da praça.
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Depois tive dois orgulhos um primeiro outro depois, porque conheci dois mestres e aprendi muito com os dois, o que eu sou eu devo a eles, só não dou nomes aos bois, mas um nasceu em Paulista, o outro em Caruaru, eu não tinha paciência mas quem tem inteligência vê que na experiência, quem se apressa come crú.
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Abri mão de muita coisa no sofrimento medonho, ainda quis desistir desanimado e tristonho, mas quem desiste da luta nunca realiza um sonho, Deus me deu força e mais fé, eu decidi encarar, tudo que tinha sonhado hoje está realizado, eu faço jus ao ditado ninguém vence sem lutar...