- Rudge36 plays
- Seis Horas31 plays
- Arco Íris16 plays
- O Gosto do Novo8 plays
- Sorriso De Rio11 plays
- Minha Canção8 plays
- Nave Mãe15 plays
- Livro Mudo11 plays
- Gênesis 2 (vinheta)45 plays
- Ao Lado e Além3 plays
Comunidade
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Release
Seria um sambista com influência do Clube da Esquina? Um roqueiro que caiu na bossa? Um erudito pop? Um jazzista tocador de MPB? Um bluseiro fazedor de baiões? Em qual prateleira o lojista poderia ordenar os CDs de Adolar Marin? Alguns artistas têm sua obra facilmente classificada. Não é o caso desse paulistano que ouviu do Ipiranga os primeiros sons do mundo... e nunca mais parou. De tanto ouvir, soou. Já com 8 anos de idade, quando um violão desavisadamente lhe caiu nas mãos e surgiu no garoto o desejo de "violá-lo", o instinto lhe disse que nascera pr'aquilo. Adolescente, apaixonou-se pela guitarra e, entre pedais e microfones, começou a arriscar as primeiras composições próprias. Mais tarde, descobriria a poesia, o que iria "contaminar" pra sempre suas letras, repletas de dúvida e fé.
Com o passar dos anos e o domínio do violão, veio a fase natural de tocar em bares, casas noturnas e praças, seguida pela de dar a cara a tapa, experimentando seu repertório autoral nos primeiros shows. O reconhecimento de público e crítica deu-lhe confiança neste repertório, que crescia dia a dia, e levou-o a dar o passo seguinte, a gravação do primeiro CD, "Qualquer Estação" (1998), que trazia no título essa característica que acompanharia o artista por essas já mais de três décadas dedicadas à música: a de estar sintonizado em várias vertentes, em várias "estações". Da mesma forma que ficava evidente que o som de Adolar ia além de um verão apenas, chegava pra ficar.
O que se confirmou no segundo trabalho, "Atemporal" (2006), um disco com canções tão fortes que a um ouvinte desatento poderiam parecer parte de uma coletânea. "Atemporal" prima pela harmonia entre arranjos, canções e músicos do primeiro time, com uma instrumentação tão rica que não fica devendo em nada aos grandes discos do período de ouro da MPB (produzido por Dino Barioni, contou com participações de Dominguinhos, Léa Freire, Sizão Machado, Virgínia Rosa, entre outros). Sem falar que, nele, Adolar se revela também um intérprete de rara sensibilidade, contrastando a suavidade de seu timbre com a aspereza de algumas canções. E ele, que já havia descoberto os festivais, passou cada vez mais a viajar o Brasil defendendo inúmeras canções desse trabalho, voltando pra casa não poucas vezes com o reconhecimento do trabalho traduzido em premiações.
Contudo, Adolar é, antes de tudo – e como todo bom artista –, um inquieto. Depois da aura de clássico na qual foi envolto o "Atemporal", e indo na contramão das expectativas, eis que ele traz à luz um terceiro trabalho completamente diferente de tudo o que havia feito antes. Com formação enxuta e roqueira (efetivamente, violões e guitarras, contrabaixo elétrico, bateria e piano), chega às lojas em 2013 "Epílogo". Seria o fim, a entrega dos pontos? Pelo contrário; Adolar explica que nesse disco tinha a intenção de fechar um ciclo (daí o título), voltar ao início, quando, ainda garotão, apresentava-se em bandas de rock. Mas, como tudo o que vem do artista, tampouco "Epílogo" poderia caber na prateleira de discos de rock, porque, apesar da atmosfera rock'n'roll, o trabalho do artista tem outro "peso".
Um exemplo perfeito de como seu universo musical é amplo: em 2014, ele foi convidado para cantar duas canções suas acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Santo André em apresentação no Teatro Municipal de Santo André. Além disso, o artista atua em várias frentes. Em maio de 2015, realizou, como diretor musical, o projeto Homenagem a Madan, apresentado no Itaú Cultural com a participação de vários artistas amigos do falecido compositor, Adolar incluído.
Seu mais novo projeto é o Na Minha Casa, programa musical e de entrevista no qual ele desempenha os papéis de apresentador, roteirista, músico, e claro, anfitrião, visto que o programa, como delata o título, acontece em sua casa. Sempre com um novo convidado, Na Minha Casa é exibido na internet, por meio do canal de mesmo nome no YouTube.
E os projetos não param! Com a Ba Rocco Produções, sua produtora, prepara para 2016 o quarto CD de inéditas.