AFAL Índole A cada ente querido perdido manifesto, pra mídia sensacionalista que pega e transforma tristeza em comércio, fala sério ninguém tá nem aí pra “nóis”, só necessitam do nosso trabalho o dinheiro amansa leão feroz, o parceiro que ter carro, quer que ter puta de luxo, e morrer aos vinte e cinco pra ter mãe chorando no túmulo, pra conseguir algo na vida “né” com pistola, é com chinelo quebrado esforçando pra chegar na escola, e não se limitar em absorver só o que dão, é correr atrás, só assim muda o mundão, e a infância? A infância é um ponto crucial! ao invés de presídios quadra esportiva e cultural, suprimir sonhos da infância é “baratim”, um lápis uma pessoa com amor pra dividir, em meio a “traçantes”, corrupção, asfalto com sangue, é ironia falar de amor pelo semelhante? Índole, índole, índole qual caminho a seguir? Índole, índole, índole diga-me, qual caminho vou seguir?. Tendência natural pro lado bom ou ruim, índole diz ai qual caminho a seguir? Num país que é manipulado pelos domínios da mídia, que ensina a criança virar refém dos prazeres bebidas, em pleno chão do futebol onde quem manda é o dinheiro, na capital da corrupção, do engano e o desprezo, onde tem filas em hospitais com gente morrendo, enquanto político investe milhões em estádios, onde quem vive não disputa é quem morre na luta, pois o dinheiro grita mais alto do que sua conduta, caminho certo ou errado? A escolha sempre foi sua, quem quer entrar pra luta? Ou ser mais um nessa bagunça, só não me jogue a culpa se depois vier a dúvida, na hora do juízo doutor não vai ter volta! Índole, índole diz aí, na terra dos leões como é que devo agir? Índole, índole, índole qual caminho a seguir? Índole, índole, índole diga-me, qual caminho vou seguir? É só pôr na balança cada baque vivido, quantos sorrisos abortados porque "cê" sonhou em ser rico, e seus filhos, o que? É quem vão colher os frutos, desse mal e podridão que "cê" deixou do mundo, não tem base onde o orgulho só te arrasta pro abismo, onde arroz com feijão não tá bom, "cê" joga no lixo, mais na rua o papelão é reciclável e vira “trampo”, suor é dignidade em quem podia tá roubando, a cada bermuda rasgada uma ideologia viva, a onde falta o amor aí sim falta a vida, mais é difícil acreditar num sentimento de interesse, que às vezes se faz presente só por luxo e prazeres, mais quem sabe as nossas crianças não cresçam robotizadas, destinadas ao troféu que automaticamente mata, índole, índole diz pra mim, se teu exemplo não falar, nada mais fará te ouvir. Índole, índole, índole qual caminho a seguir? Índole, índole, índole diga-me, qual caminho vou seguir? “Eae” todos nós temos um caminho a seguir, qual é sua índole, boa ou ruim? A sua escolha determinará o seu caráter, diga-me, quem é você? “Palavra o vento leva, mais fica sempre a intenção”