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Cidade/EstadoAnápolis / GO
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Na Corda Bamba

Composição: AFAL.
“A corda bamba me forçou a ser equilibrista, a vida e a morte eu tentei eu sou malabarista, mais não reclamo dessa sorte sou um comodista, e já me chamam por aí de verdadeiro artista” Viver nas ruas, elevada altura, numa corda bamba desequilíbrio nunca, suportar o vento forte sem se abater, usar o vento a favor quando o suor escorrer, não tem melhor equilibrista apenas o que chega, fazer sua caminhada ignorando tretas, a corda só vai arrebentar se você permitir, um lado vai pesar se você omitir, muito mais, eficaz, que a justiça traz, trai! (trai!, trai!, trai!) na rua é diferente a verdade sai vai, (vai, vai, vai.) com passos firmes sem olhar pra baixo, se firmar no horizonte equilíbrio nos braços, com ideal de mudança você dribla a morte, com ideal coletivo o elo fica forte, impenetrável, imortaliza sonhos, igual Ernesto Guevara um herói prus manos, cada barraco construído uma nova vitória, trocando o madeirite e o zinco por tijolo e porta, a construção do espírito projeta a consciência, pra cada ato cometido ser com coerência, disparo de pistola tira a concentração, mais tou centrado no que amo essa é minha missão, pelas veredas da morte e da vida sofrida, por isso cada morador é um equilibrista. Na corda bamba, na corda bamba, na corda bamba, na corda. Lá vai o equilibrista aumentando os passos, precoce caminhada resulta em fracassos, e bambeando é mau sinal, do lado direito o mal, do lado esquerdo o mal, a vitória é só no final, “ôôôô” vida adoçada com sal, muitos perdem a cabeça, antecipando o resultado de uma maneira feia, pra gozar, da vida, pra gastar sem trabalhar, esbanjar sem precisar, mais podia evitar, uma “pá”, desequilibrado, pra depois sair vendendo os móveis do barraco, dívida atrasa, destruindo casas, vem a desunião arrasando com palavras, quem não tem uma vítima de droga na família, quem nunca perdeu um parente pra polícia, vendo os barracos vermelhos erguidos, e a favela pensativa perdendo seus filhos, desequilíbrio mental, espiritual, é pior que o social, quando “cê paga pau pru” mal, põe no caminho pessoas de bem, que “tá” passando um crise “loca” igual você, porém, não manteve o controle, (controle) idêntico a você ninguém aqui tem a vida doce, são malabaristas, equilibristas, periferias, vilas, pessoas simples, lutando pra manter a vida menos triste. Na corda bamba, na corda bamba, na corda bamba, na corda....

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