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Presídio

Composição: AFAL.
Quero ver o quê que acontece quando “cê” vê nós na ira, exigindo os direitos negados para a “perifa”, quero ver o seu olhar quando ver “nóis” reivindicando, pelo menos um pouco dos tais direitos humanos, tomando de conta todos os palácios que “cêis fez”, as “perifa” acionadas todas em uma só vez, “pro cê” sentir na pele tudo que “us pulícia” faz, quando invade a quebrada com um plano eficaz, de espancar trabalhador na frente dos seus filhos, difamando nossa gente para ganhar subsídio, de mídia falsídia, que só apóia mentiras, e quando quer se gaba mostra as periferias, a mídia pode ser benéfica de forma popular, mais do jeito que “tá”, parece que só quer limitar, o pensamento a vida de quem não tem um advogado, que está lutando com um salário, para pagar o mês atrasado, na hora que as “ponto” começar a cuspir, derrubando soldadinho “cêis vai” me ouvir, e ver que os repeiros tinham razão e num era brincadeira, a maior guerra civil provocada pela incompetência, de decisões, que não relevam nossas opiniões, opções, e formam militante dentro dos seus padrões, com várias exceções, porque aqui ninguém pintou o cabelo de verde e amarelo, entrou na moda do país envergonhando o elo, a violência no Brasil não foi gerada hoje, vem do passado os ancestrais que sofreram no açoite, então daí “cê” entende quem começou a guerra, os quilombos de ontem agora são favelas, vivemos num presídio imaginário formado, por ditadores que impõe limites no asfalto, e quem for preso em fuga vai pagar muito caro. Presídio imaginário, presídio imaginário, que prende nossa vila, prende nossa liberdade, prende meus direitos de viver nessa cidade, que prende nossa vila, prende nossa liberdade, prende meus direitos de viver nessa cidade. Vivemos num presídio, bem além do imaginário, desprovido de direitos no mínimo necessário, pra subsistência higiene pessoal, desacreditado no mercado formal natural, idosos que não tem uma aposentadoria, trabalhou a vida inteira na roça, onde carteira num assina, aliás nem sabia, informação falta aqui, conferi, sempre assim, “oia ai” entre a escola e comida preferiu existir, qual seria a pergunta que “ocê” faria “pro cê”, diante da situação quando a barriga “ruê”, quando seu filho te agarrar implorando um leite, e vê o olhinho brilhando por que acredita nele, a reação pode ser má e porém violenta, sem dinheiro, sem trabalho e sem paciência, qualquer família na mira para sustentar a sua, vai reduzindo nosso povo e assim continua, os carcereiros por aqui andam de Blazer preta, ao mandato de um governo que não me respeita, e comprime meus direitos como se não valessem, então pra que “cêis” inventou se ninguém segue eles, quem deveria te apoiar são os que mais atrasa, depois não vem choramingar por que invadiram a sua casa, fazer sensacionalismo e xingar “os ladrão”, pagar a mídia local pra debater a questão, tudo isso é conseqüência que você “mermo” cria, aprisionando nossa raça limitando as vias, as grades do condomínio evita a pele preta, menosprezando quem vive abaixo da pobreza, somando a sua ignorância com racismo sutil, sobe o nível de terror financiando fuzil, é um presídio abstrato que vai ser demolido, o alívio virá só por Jeová acredito, insistimos, seguimos, no país do capitalismo, selvagem, ridículo, (assim que é), cadeia vencida e seus filhos apodrecem em presídios. Presídio imaginário, presídio imaginário, que prende nossa vila, prende nossa liberdade, prende meus direitos de viver nessa cidade, que prende nossa vila, prende nossa liberdade, prende meus direitos de viver nessa cidade.

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