Campo, quimera e amargo
Composição: Álvaro Neves e Juca Mendes.HOJE O MEU AMARGO SÓ FOI CEVADO NA TARDE
SE EMBRETOU A SAUDADE PELAS FRESTAS DO RANCHITO
O CAMPO OUTRORA JÁ ME PARECEU MAIS LARGO
E HOJE ALOLARGO AQUI PROSEIO SOLITO
MAS QUE BAITA REPUCHO PRA UM GAÚCHO GAUDÉRIO
VIVER ASSIM TÃO SÉRIO EMBRETADO EM PENSAMENTO
PRO DESGOSTO DO PEITO A CHINOQUITA FACEIRA
SE BANDEOU CABORTEIRA E SÓ DEIXOU SENTIMENTO
QUEM AVISTAR DE LONGE VERÁ UMA VELHA TAPERA
ONDE IMPERA ARRANCHADO NO MEU PEITO A SAUDADE DELA
O VENTO SOPRA NO OITÃO TRAZENDO A MESMA QUIMERA
DA ROSA QUE OUTRORA FOI NO JARDIM A MAIS BELA
A NOITE ESTANCIEIRA NO REPONTE A DESPACITO
DE GRENÁ E DE NEGRO PINTA O CAMPO ESTENDIDO
SE NÃO FOSSE O CUSCO ME DESPERTANDO EM ACOOS
ENXERGAVA TEU VULTO COM O VESTIDO FLORIDO
FALQUEJANDO A LEMBRANÇA DESTA SINA QUASE ERRANTE
NÃO SOU FORTE O BASTANTE, COMO POTRO SOLTO AO VENTO
REMOENDO A SAUDADE OLHANDO O CATRE ATIRADO
SORVO O MATE AMARGADO JÁ LAVADO PELO TEMPO