MÁQUINA DE ALEGRIA
Jeovah França - Maquinista das Letras
É carnaval! Expressão máxima de liberdade, alegria, descontração. O direito de ir e vir pelas ruas cantando, dançando, sorrindo, até de suas próprias momices, caretas, trejeitos, manhas e artimanhas, esbaldando-se como último dia de vida, mas alegre, e também com o direito de transformar-se em qualquer personagem: rei ou mendigo, anônimo ou famoso, criança ou velho, homem ou mulher... ou nenhum! Vista sua fantasia e caia na folia. Essa a maior mensagem que manda a Máquina de Descascar’alho há quase três décadas pelas ruas da Madre Deus e vizinhanças, surgida da espontânea alegria do povo no Largo do Caroçudo, sem regras quaisquer (só não se aceita é briga!), sem cordão, sem abadás, sem hora para sair ou para chegar, mas com qualquer fantasia... ou mesmo nu... que hoje tá valendo tudo: é carnaval! Sob a liderança de Boscotô, Joquinha, Veloso, Alan Jorge, Aquiles, Amaury, Peixinho, Passarinho, Baiaco, Chyko Rodrigues, Joana Laska, Patativa, Kasana, Xoxó Noel, Lelezinho, Kele, Colorido, Antonio Carlos, Maria Prefeitura, Kátia, Dede, Gari do Cavaco, Amaral, Madson, Alves, Saci, Abraão, Albino Cheike, Matemático, Bolinho, Baú de Xoxota, Quito, Neto Louro, Maju, Toinho Piaçaba, Biné Boca Lisa, Alvinho, França Dias, Zeca Gordo, Lulu Bifa, Joka, Luís Duvel, Gabriel, Chasquate, Boca de Cofo, Chororó, Nival do Banjo, Charel, Chulipa, Nazareno, Rochinha, Cazuza, Kanguru, Porquinho, Bucho de Cachorro, Jorge Kombi, Cadico, Zé Reinaldo, Prof. Wosvaldo, Tia Bibi, Zé Pezão, Gute JP, as turmas da Praça da Saudade e das bolas das praias, e os Parafusos da Máquina, dentre tantas peças e maquinistas, além do pessoal dos grupos Trem das Onze, Espinha de Bacalhau, Sem Dimensão, Brasileirinhas, Cobra Criada, e os bichos, bichas, loucos e malucos que fazem a Máquina descarrilar desde a Estação da Folia, desde o 1º dia do ano, infalivelmente, dando o primeiro grito de carnaval do Brasil, até pelos becos, ladeiras e vielas da Madre Deus, Lira, Belira, Codozinho, Goiabal, Macaúba, Fonte do Bispo, São Pantaleão, como precursora do Circuito oficialmente adotado pelos governos municipal e estadual. Vai querer, vai querer? Em memória, uma palma de salva para os maquinistas que já viajaram: Jorge Maquinista (Criação e arte), João Barnabé (Chanceler, diretor de problema), Henrique Reis (Sapo-Compositor), Marciano (Compositor), Pachecão (Menino Malandro), Ribinha (diretor de percurso), Bibi França (passista), Mano Tinho (Roela Caroçudo), Paulinho Lhogolhó (o protético da alegria), Roseninho Cara de Porco e Nikimba (as retintas), Cabeça da Cohab (cozação pura), Dó-ré-mi, Laila Kristine (a porta estandarte), Velho Elpídio (Baseado), Abimael Negão, Carritel e Zé Reis Jabotão.