Comentários



Release
A banda Amarelo-Cajuína surge no contexto da multiculturalidade para provar que o diálogo entre culturas universalizantes e culturas regionais não precisa levar a uma homogeneização, e sim, a infinitas possibilidades “sonoro-musicais”. Ela tem como fonte de pesquisa a música de tradição nordestina, sustentada pelo seu considerado tripé: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e João do Vale. Mas revela todo seu lado pop ao utilizar como significantes a guitarra, o baixo e a bateria.
Riff’s, grooves e batidas são elementos do rock incorporados ao baião, xote, côco e repente em busca de uma linguagem que traga personalidade à banda. E quanto mais os ritmos nordestinos são aproximados dos elementos ditos universais, mais se percebe a particularidade de ambos. É nesse confronto que se evidenciam as identidades nordestinas e piauienses.
Em seu repertório a banda Amarelo-Cajuína “moderniza” clássicos do cancioneiro nordestino, rememora músicas quase desconhecidas do grande público e dá a cara à tapa numa mostra do trabalho autoral. Aliás, é apostando em suas próprias composições, que a banda visa ocupar um espaço privilegiado na música popular brasileira.