Ant'Cistema Mundo Enterrado
Composição: Júnior Ant'Cistema.E já pensou se tudo isso fosse um sonho
Dar reset, reescrever é isso o que eu proponho
Julgamento midiático contra corrupção
Levou o povo pra rua pra gritar copa não
E lá vem roubalheira, de quem convoca manifestação
Com camisa da CBF, maior esquema de ladrão
Primeiro a gente tira a Dilma, depois o resto
Doa o petróleo, congela gastos, coloca um teto
Faz mais de um século, que a história se inicia
Por mais um centímetro de terras, dizimando famílias
O problema não é só dinheiro influenciando a ambição
É burguês esperto enganando a nação
É mais fácil fazer acreditar que é pro bem da pátria
Roubam terras de indígenas, mas não fazem reforma agrária
Papo nacionalista, que fere sua existência
Que usa da fragilidade pra gerar influencia
Povo enganado, marionete em ação
Esquerda grita é golpe! Direita que é revolução!
Enquanto isso o ministro doa tudo como favor
E o Brasil sobrevive fazendo programa pro exterior
Pra pagar divida enche o bolso de proprietário
Tira direitos trabalhistas e escraviza os operários
Faz pequenas coisas pra tirar o foco do principal
Enquanto brigam a gente vende o pré-sal
Barril a R$ 0,84 centavos e presidente comemora
Enquanto escola sem partido é discussão fora da escola
De esmola em esmola, o indigente nunca riu
Diesel fica mais caro, caminhoneiros param o Brasil
Enquanto isso Michelzinho tem 2 milhões em bens
Com 7 anos o neto de dona maria nem um caderno tem
O gás vai a 80, e idoso não se aposenta
Protesto é terrorismo, então não inventa
O caos toma de conta, a gente grita “5 contos não!”
E no final a greve beneficia só o patrão
Se liga que a meta é essa imposição de poder
Estamos driblando a crise, enquanto a gente não tem o que comer
Proletariado grita, agora mais mil desempregados
Latifundiário vibra, demitindo operários
E bota na sua mente, a gente também é gente
Luto aqui é verbo, Resistencia é nosso pente
Apontado pra sua cabeça, nossa arma ideológica
Extraindo o bloqueio implantando a lógica
Faz doação pra TV, que usando crianças como objeto
Não cuida de morador de rua, mas tá inflado seu ego
Discurso fascista, divide todo um país
Entre um dia da ditadura o povo segue feliz
Mas se fere nossa existência seremos resistência
De punho cerrado não importando a sentença
A duvida é, como cortar o mal pela raiz?
Se o agro é pop, e a mídia contradiz
É como se a gente vivesse o tempo todo com insônia
Qual vai ser o próximo leilão? Matar todos os índios ou doar toda a Amazônia?
E não adianta cê pensar que tudo isso vai mudar
Se um discurso de ódio não faz você se assustar
Trabalhador tá cego, e não sabe limpar as vistas
Seu lote no mato é só um impasse pra bancada ruralista
Ninguém liga se quilombola é resistência acima de tudo
Querem construir um hidrelétrica e afogar todo mundo
Agro fede, Agro fode, Agro mata crianças
Trabalhador não quer plantar soja pra alimentar boi na Tailândia
Até quando a necessidade de uma tv pra você
Vai ser mais importante que o nosso petróleo o governo vender
Até quando a classe, não vai se unificar
Pra mostrar pra opressor que a gente nasceu pra lutar
A exploração se inicia, mil famílias jogadas
A superpopulação é pra ong doar cesta básica
Aqui é Brasil, onde o povo é massa de manobra
E quando acorda, a polícia cobra
Trabalhador contra trabalhador, pra alimentar a estatística
Dizima pobre e negro, como obra artística
Poder gera poder, sustentando todo um império
E juiz que facilita um processo ganha um ministério
Queria um verso feliz, mas não dá pra criar
Esquerda de um lado direita do outro, e centro é um lugar pro cê tomar
Bem vindo ao meu país, essa nação chamada Brasil
Campeão de corrupção, movido a fake news