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Release
O som da banda carioca Anthonini & O Jardim do Caos é uma agradável e saudável mistura de rock brasileiro dos anos 70 e 80, MPB e, digamos, música de porta de zona. Tem umas influenciazinhas góticas via The Mission, The Cure e Zé Ramalho (sério!) e um clima épico/poético que remete a artistas como Belchior, Ednardo e até mesmo aos primeiros discos do Fagner. Detalhe: tudo isso sem uma ponta sequer de ironia e falsidade. Durante todo o disco, a impressão que se tem é a de se estar ouvindo uma banda coesa e bem-resolvida. O próprio disco tem uma produção e uma gravação acima da média para CDs independentes nacionais.
A grande filiação da banda é mesmo com a música brasileira, especialmente com o som da geração nordestina dos anos 70, mas filtrado pelo rock dos anos 80 e reembalado para o mercado pop de hoje. Algo que provavelmente ninguém esperava que uma banda brasileira fosse fazer nos dias de hoje, e por isso mesmo chama tanta atenção. No release, os caras falam das suas influências e mostram nomes bastante diferentes do que se vê hoje em dia, como o do poeta Augusto dos Anjos – referência bastante fácil de se encontrar nas letras do Phalenas. Rola um momento meio Crowley-passou-por-aqui também na faixa título e até um quase Rogério Skylab no reggae “O pulo”.
Entre os destaques, “Canção para o fantasma” (um rockzinho meio brega, meio Zé do Caixão), a prog “O que alucina” (na qual Raul Seixas e Mutantes são citados), a quase gótica “Sombra da torre da igreja”, a oitentista “Prata no grafite” e a bela “Johnny (Cavalgar das ilusões)”. Atenção para as letras e para os vocais do frontman Kill.