Ataque Beliz

Ataque Beliz

Cidade/EstadoBrasília / DF
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O Giz e o Fuzil

Composição: (Anderson Silva/Higo B. Melo/Alisson B.Melo).
Dizem que através dos olhos enxerga-se a alma Assim com entre um sorriso lhes faltam diversas palavras Pra definir a transparência de qualquer ser Que entre sonhos busca a melhor forma em poder viver Sobreviver é algo que cerca os valores De pessoas que sangram entre os arames Umedecendo em terra seca Prantos que se formam através das dores Sentindo o amargo gosto nos sabores De pouco a pouco cresce a estatística Reduz mais uma família Que dia a dia aprofundou-se em ir de encontro à educação De sua sensibilidade Ganhando simplicidade a base de honestidade. Apesar de muitos desacreditarem Que esse caminho é a maior chave E o único valor que não é tirado E quando se adubado frutos são brotados E consumados na natureza de um sorriso Na poesia que forma o brilho Que preenche memórias desse imenso Brasil Pois na ladeira que se desce não há como julgar um perfil E no discurso se procede que o giz é mais forte que o fuzil Por isso eu digo em frases ou diversas canções Que as crianças continuem a luta que nasceu em antigas gerações. Refrão O grito do fuzil reprimiu o que o giz pode dizer Ninguém pode ensinar o que só a vida ensina Você se contradiz na minha hora de aprender Nada pode melhorar enquanto só alguns assinam Ninguém vai me enganar depois de tudo que eu vi Você pode me negar tudo que aconteceu Se o estudo não condiz com a vida que vivi Eu vou te devolver aquilo que você me deu O grito do fuzil reprimiu o que o giz pode dizer Ninguém pode ensinar o que só a vida ensina Você se contradiz na minha hora de aprender Nada pode melhorar enquanto só alguns assinam Com o giz posso escrever Com o fuzil posso atirar Com o giz pude entender Que com o fuzil devo matar Atiro pra me proteger de quem Mato por temer alguém Faço o mal pra fazer o bem Luto por mim e luto por 100 Vou atingindo quem também não tem nada Ganhar dinheiro mesmo de forma inadequada Peguei o relógio deixei o corpo na calçada Desse jeito saio andando enquanto provo a jaqueta furada Rasgada de um trabalhador Somos filhos desse meio e vivemos as custas dessa dor Vou dizer pra tu doutor O primeiro tiro quem disparou Quando o giz assinalou O povo genocidou. Seu conhecimento sempre assassinou. Os que dizem fazer parte desse país governado por ladrões Estratégia de negações na historia escrita com o giz. Mas a vida me traz recordações De como trataram nossas mães e pais. Por conta de dinheiro trucidaram nossos ideais Conhecimento sem direito das causas reais Nunca vai brotar paz do risco do giz Direito de conhecimento adquirimos com fuzis Queremos letras pra escrever Motivos pra não atirar Lembranças boas do viver E não números pra assinar Refrão Deixo em tuas mãos duas armas Agora me diga qual se deve usar Seu futuro tente rabiscar A paz que precisa pra poder lutar E de que vale esse poder Se só temos a perder? E de que vale esse poder? Lava o direito de viver E de que vale esse poder Que julga o meu ser? Não é isso que eu sempre quis ter Deixo em tuas mãos duas armas Agora me diga qual se deve usar Qual o caminho, o valor esquecido Pra que eu não caia no mal querer No giz a expressão Do fuzil a repressão Se o giz é repressão Apaga meu ancestral Faz de mim um serviçal Servir sem ser visto Seguir uma moral Que ignora que existo Eu sou o povo E isso não me favorece Sem saber por que padece Ninguém vai se libertar. Alguém acumula E quem sofre não esquece E a mente deprimida Resolve se rebelar Move-se daqui pra lá Revolveres pra atirar Tanto bem pra consumir Poderes a conquistar Não foi preciso ensinar Que pra se ter poder Para sobreviver É necessário se armar Sobe o morro o caveirão A mãe solteira, pela mão Puxa o filho que chora Essa geração. Fará uso da lição Aprendida nessa hora Ignore que eu existo La no fundo da sala E eu comando teu seqüestro Do fundo de uma cela Policial armado Mandado pelo estado Foi copiado E quando é atacado Cai em contradição Esquece a repressão Diz que esse resultado É falta de educação. Uma ação vale mais que mil palavras Já vi e ouvi e vivi E normal que o oprimido Aprenda oprimir Refrão Abram os olhos. Atentem os ouvidos Escutem os tiros e os gritos Dos filhos, mães e pais Muitas famílias padecem Subjugadas a seus ideais. (Deixo em tuas mãos duas armas....Seu futuro tente rabiscar...Escutem os tiros e os gritos...Você se contradiz na minha hora de aprender..Nada pode melhorar enquanto só alguns assinam)

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