Anunak
Composição: Sidnei Gonçalo dos santos.Monstrão almejou o ápice da criação
Quis status de patrão na ambição caiu pro mundão
Nem fez questão de valores, o seguimento
Foi um ferro que cospe fogo o amuleto do momento
Também aqui quem nasceu teve como exemplo
Um assaltante um traficante e um pai servente de pedreiro
Uma mãe diarista ripando pra pagar as contas
Sem aposentadoria com várias doenças crônicas
Mal olhou se encantou e teve o brilho
Dos olhos roubados que acabou com a infância do menino
Sorriso foi quando viu as novas dançando
Querendo tirar foto com o fuzil que estava portando
Ter o dom da última palavra e ser o tal
Dentro e fora da cadeia disciplina de mil gral
Me perdoe mais meu pecado valeu a queda
Não foi por 30 moedas que vesti a armadura da guerra
Como um ajo caído que conhece o fim
Meu dilúvio foi dos olhos da minha mãe que eu vi cair
Pagando o preço com a alma debruçado na calçada
E a força do Estado rasgando de bala sua cara
Fala pra mãe que viu o filho caído no asfalto com sangue no rosto
Quanto vale o status de traficante o dinheiro sujo
No corre dos plaque na garupa da CB
Hoje é só role no pátio não tem peão de XT
Infância que conduz ao óbito na esquina
Disposição pra enfrentar o mundo de forma assassina
Onde tem mais respeito quem segura o cano
Tá moscando ninguém quer ser bobo, quer ser malandro
Quer andar de jeta na quebra encantar as novas
Pôr a prova se o corpo do rival não entra pólvora
Senhoras com rosto entristecido no domingo
Antes jogava bingo hoje visita o filho no presidio
Não é pesando a mente de nenhum ladrão
Mas foram poucos que eu vi aposentar rico e bonitão
A maioria é camburão cova rasa
Foto no facebook meu filho sumiu de casa
Não vou falar que nunca me encantei com as máquinas
Com as automáticas que você puxa o carrinho e destrava
Com as escopetas com 9 e outra no papo
No papo de malandro eu cai e parei no buraco