Delirios de um velho peão
Composição: AYRTHON NENÊ CAETANO.Delirios de Um Velho Peão
Autor: Ayrthon Nenê Caetano
Sentado ao banco puro cerne de pau ferro
O peão descansa junto a sombra do galpão
Mate ando lembra as madrugadas de inverno
Das tropeadas quantas geadas se vão
As nazarenas já descansam lá num canto
Marcando os tantos tempos que já campereou
Guarda resquícios de sangue junto com pelo
Resto de couros que em serviço cortou
Almas passadas ressuscitam em pensamentos
Chegam e sentam pra ma tear com o velho peão
Que num delírio aborda fatos antigos
Com os amigos companheiros de função
Tropas de lei zebu com cruza de pampa
A parceria preparando o bom assado
Enquanto isso o mate troca de mão
E a de botão se desmancha num floreado
Lembra da prenda do pingo e do cusco oveiro
Do parelheiro em cancha reta em disparada
Da china inquieta num bailezito campeiro
E ele dançando ate findar a madrugada