Os Filhos De Kuandú
Composição: Rafael Guazzelli, Giovanni Guazzelli, César Guazzelli, André Luckner.Eram dez, os filhos de Shiho
Imperavam sobre todos os céus
Levados pela grande carruagem celeste
Queimavam por tempos infinitos
Desafiaram Dijun (Dirun) em sua totalidade, deixando cinzas, silêncio e vazio
Então portando dez flechas foi chamado o arqueiro equilibrista
Apenas o último não foi extinto
Pois a criança havia roubado a décima flecha.
Seu nome era Apolo, crescido entre deuses e Titãs.
Príncipe dos céus e da terra.
E assim foi lhe entregue o fardo:
Sobre suas mãos foi deixado o filho de Téia.
Ele era o olho do mundo.
Cruzando o firmamento todos os dias,
num carro flamejante puxado por quatro corcéis,
Iluminando Gaia de leste a oeste.
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E na aurora, Kuandu se mostrava lá
Sobre a terra e sobre o mar
E sobre todas as coisas, jurou vingança a um Juruna,
O devorador de seu amado pai.
Numa emboscada sob uma palmeira Inajá, seu brilho cessou
Restando nada além da escuridão.
Em meio às trevas, Os Jurunas clamam à viúva
Que em lágrimas, envia seus filhos aos céus!
A luz, pequena faísca na imensidão,
O azul, o vermelho e o verde.
Entrelaça o tempo e o espaço
Vinda da íntima, infinita cíclica dança celestial
Tocando campos e mares, lagos e vales.
E a incontáveis formas entregando a vida
Enquanto no horizonte distante seu brilho se apagará