Quando chega o final de mais um ano Já não me engano, é tempo de celebrar Mas na verdade o que eu sinto é estranho Parece até saudade, mas o que eu tenho mesmo É medo de estar perto De você se aproximar Disfarcei minha vaidade Escondi minha vontade Mas desconfiei que você também Não sabia se era pra sorrir Ou pra chorar Todos os dias são iguais E o tempo não volta atrás Pra se arrepender, pra só agora eu dizer O quanto eu quis te amar Nesse dia especial eu quis te dar Perfumes, chocolates, Jóias de muitos quilates, Mas o principal eu não pude comprar Posso o mundo inteiro conquistar Ter dinheiro, ter status Barcos, automóveis, jatos Mas nada disso vai te completar No meio daquela euforia Eu faria questão de estar onde ninguém iria Na galáxia imensa, mas nem tão vazia Ninguém percebia Uma estrela solitária no céu que explodia de alegria Bem mais do que este instante fugaz Era só o que eu queria Mas já nem dou bola E embora eu goste muito de presentes, Peru e Coca-Cola Será esse o espírito de Natal? O silêncio às vezes respondia...