CONCRETO – QUANTO CUSTA A VIDA

Quinze anos de estrada, distorções sonoras e muito rock´n´roll. É neste clima que a banda Concreto lança “Quanto Custa a Vida”, quarto trabalho produzido durante a longa trajetória da banda, que começou com o lançamento de um single em vinil em 94.
Considerada pela crítica especializada uma das melhores bandas de hard rock do país, a Concreto foi uma das 12 selecionadas entre quase novecentas inscritas no projeto Conexão Telemig Celular 2007, participando do CD e do DVD e de shows pelo interior de Minas e BH.
O atual CD do quarteto formado por Marcelo Loss (voz, baixo e violão), Túlio de Paula (voz, guitarra e violão), Adriano Fidélis (guitarra e violão) e Teddy Almeida (bateria) reflete a maturidade do grupo dentro do estúdio em detalhes que vão da escolha dos timbres e sons à execução dos instrumentos e vozes.
Gravado no estúdio Giffoni em BH durante o segundo semestre de 2007, “Quanto Custa a Vida” é composto por 20 faixas e tem produção assinada pelos próprios músicos, assim como as composições e os arranjos.
O CD traz referências de bandas de heavy-metal da década de setenta como Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin e Iron Maiden. O resultado é um disco eclético que passeia livremente pelas diversas vertentes do rock e da música em geral, sem deixar de lado a sonoridade densa característica da banda.
Com letras em português, com exceção de uma canção em inglês, “Quanto Custa a Vida” aborda temas sócio-políticos e religiosos.
Na terceira faixa, homônima, o quarteto questiona o “preço” da vida: “Se é dinheiro o que você quer/Imoral o que você é/A justiça não vai prender/Quem tem muito a oferecer/(...) A ganância te faz sofrer/Toda a vida depois morrer/A miséria te faz crescer/Sua alma poder vender”.
Na seqüência, a falsidade ideológica é retratada em “O Impostor”: “(...) Frases farsas disfarces/Esquivo ele tenta se impor/Fome fama infâmia/Moedas nas mãos do impostor”.
“Viver Sem Saber”, nona faixa do disco, nos faz refletir sobre a paz e a sobrevivência no caótico planeta, enquanto “Cartel à Pátria S/A” retrata a profunda insatisfação dos integrantes da banda enquanto cidadãos brasileiros: “Não tenho pátria/Não sinto amor/Sigo em decadência/Uma constante involução/(...) Tenho medo/Sinto ódio/Extenuado/Só penso em me vingar/Da impura casta nacional”.
Para finalizar, em “Vozes D´África”, última faixa do disco, a pergunta metafísica que não quer calar: “Deus! Ó Deus!/Onde estás que não respondes?/Em que mundo/Em qu´estrela tu t´escondes/Embuçado nos céus?”
Uma das promessas da cena do hard rock nacional de 2008, “Quanto Custa a Vida” foi masterizado no Estúdio Casa Antiga, em Belo Horizonte, e será distribuído pelo Sonhos e Sons, selo de Marcus Viana.
A banda prepara também o lançamento do seu primeiro DVD.



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