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Setembro de 2004. Os colegas de trabalho FÁBIO e CABRAL começam a ensaiar juntos e logo surge a iniciativa de se
montar uma banda. Os dois se juntam à componentes vindos de bandas de heavy metal. A inevitável tendência metaleira com
que o grupo passaria a ter, não condizia com a intenção da dupla, que buscava outra estética sonora...

Desanimados com o fracasso da tentativa, os dois quase desistem do projeto, frustrando o guitarrista FÁBIO, faminto de composições que precisavam ganhar vida... Na ocasião,
LEONARDO, seu então professor de guitarra, se identifica com o seu estilo de composição e se surpreende com sua facilidade de criação. Foi aí que, em uma das aulas, surge à
velha proposta de se formar uma banda. Animados com a nova possibilidade, os guitarristas FÁBIO e LÉO se juntam ao vocalista SÉRGIO CABRAL dando início ao processo de
composição.
O projeto contou com as ilustres presenças de CYRO ELIAS e SOUZÃO, baixista e baterista, respectivamente. Ambos excelentes músicos e arranjadores que trouxeram uma
inesquecível contribuição musical e pessoal ao sonho de um lugar ao Sol...
E como diz o ditado, "O mundo dá voltas", e é nessa onda que a banda olha sua trajetória e resgata do início deste "relato" o baixista THIAGO FERRAZ. É dito isso, pois THIAGO
fazia parte do projeto "heavy metal" citado acima e pôde trazer de sua experiência musical uma precisa técnica aliada à emoção...
Seguindo no embalo das grandes aquisições, sobe ao ônibus do INFRAVERMELHO, o baterista RENAN MAGNAGO, profissional que mantém a pegada e acrescenta elementos
hoje considerados fundamentais aos arranjos... Ou seja, sai CYRO e entra THIAGO FERRAZ, sai SOUZÃO e entra RENAN MAGNAGO. E em pouco tempo a preocupação em
encontrar substitutos à altura dos ex-companheiros de banda, termina com um som capaz de penetrar à alma...
A diversidade de influências que ajudaram a formar a personalidade musical do Infravermelho resulta em canções bem distintas entre si.
Com músicas introspectivas como "Vozes da procissão", pesadas como "Essencialmente Urbana" e, até certo ponto, progressivas
como "Mutação", pode-se perceber uma sadia miscelânea musical com arranjos que viajam das harmonias tradicionais aos psicodélicos efeitos sonoros.
A notável divergência de estilos presente nas canções do grupo converge para uma unidade sonora que pode ser sentida pelos fãs. Com letras que descrevem situações
enfrentadas por todos nós no dia a dia, um dos principais desafios encarados pelo grupo é a busca pela originalidade. Fugindo das quase inevitáveis fórmulas básicas que
normalmente estruturam uma música, o grupo mostra que hoje em dia ainda é possível fazer algo diferente, sem deixar de fazer, é claro, uma boa música.