Há quem diga que o punk rock está morto. “Morreu com o último badalar do magricela do Sid Vicious”.
Num daqueles ataques de síndrome de domingo à tarde, quando seus cigarros já acabaram, a cerveja já não faz mais efeito, e um calor insuportável entra pela janela do seu apartamento mofado, você entra na internet em busca de uma solução para seu estado depressivo.
Como um devaneio suntuoso, você percebe que quem acredita na frase acima perdeu, completamente, a noção da realidade. Talvez, tenha congelado seu corpo nos anos 70 e pretende acordar só em 2059, quando todo o mundo, infelizmente, tiver tomado pela música eletrônica.
Várias tentam fazer como nossos antepassados. E, é claro, conseguem. No mínimo, pode se dizer que fazem um som de qualidade. É claro que o Sid não vai voltar e encarnar no corpo de ninguém. Mas, nesta tentativa, não de copiar, mas de reinventar um estilo de som baseado no punk rock, a Born Again Shell, uma banda com as raízes no sudoeste do Paraná, tem um papel significativo.
Alissom (guitarra/vocal), Rafusko (bateria), Lucas (guitarra) e Diego (baixo) estão juntos há pouco tempo – menos de dois meses – mas conseguem fazer um som de qualidade e já tem até uma música gravada.
Letters to Helena é um trabalho ótimo que pretende mostrar o talento dos gurís ao fazer aquilo que gostam: Tocar.
Há quem diga, também, que o punk rock está muito vivo seja ele em qualquer um de seus derivados . “Nasceu na gênese da Born Again Shell”