- Um Dia Sem Sentir2.419 plays
- Para Ver O Mar1.800 plays
- Quando O Tempo Do Crime Chegar38.539 plays
- Tempo Suspenso30.790 plays
- Saque Ao Museu4.342 plays
- Conto Do Perdão10.832 plays
- Beleza Roubada2.080 plays
- Maquiado9.109 plays
- Som Sem Marca2.298 plays
- O Dia Acabou1.942 plays
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Carlos Batista (nome artístico de Carlos Gayotto Rolim; São Paulo, 19 de maio de 1981), é um cantor, guitarrista e compositor brasileiro, além de produtor e diretor cinematográfico e empresário.
Nascido no estado de São Paulo, neto de imigrantes italianos, aos 9 anos de idade escreveu e dirigiu sua primeira peça de teatro e, aos 12 anos, aprendeu guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando de Dire Straits a Metallica. Em paralelo, quando foi para a Faculdade de Comunicação, começou a dirigir, na Escócia, pequenos curtas-metragens fundamentados nos heterônimos de Fernando Pessoa. Foi inspirado por um de seus professores, o filósofo Luís Felipe Pondé, hoje, colunista da Folha de S. Paulo, a escrever suas músicas e poemas com intenso conteúdo filosófico e dialético. Em Nova Iorque, também foi aluno de roteiro de Robert McKee, autor do livro Story, que contribuiu para que transpusesse filosofia para a forma de imagens.
Em 2006, foi convidado a compor a trilha sonora do curta-metragem The Pardoner's Tale, baseado no conto de mesmo nome de Geoffrey Chaucer, nos Estados Unidos, onde morava desde 2005. O diretor Dan Olson queria um estilo de composição que casasse com o clima de época do filme. No mesmo ano, escreveu o livro Estética da Auto-Ajuda, ainda não editado.
Ainda em 2005, fundou a produtora Zoe Films nos EUA e no Brasil. Após produzir e dirigir mais de 600 peças cinematográficas, entre comerciais, programas de TV - como a série sobre artes plásticas Arte En Tus Manos - e curtas-metragens premiados no exterior - como Mary Anne Goes To The Market - foi convencido em 2012 pelo compositor Rafael Alterio a gravar seu primeiro disco nos estúdios da Gargolândia, no interior de São Paulo.
Reuniu-se com seu parceiro musical, o guitarrista Éder Martins, e os demais músicos da banda Hendrix Experience, o baixista Yves Souzedo e o baterista Caio Mendes, além dos produtores Thiago Monteiro e Felipe Colenci e o arranjador Neymar Dias, para gravar dez composições e debutar com o trabalho intitulado Batista & Bando. Três faixas instrumentais foram tiradas do filme The Pardoner's Tale, somando-se a outras sete músicas não-instrumentais, também com a mesma estética cinematográfica. As músicas possuem forte influência de Ennio Morricone e Mark Knopfler, e as letras, de Fernando Pessoa, Leonard Cohen, Tom Waits e Bob Dylan.
As gravações de Batista & Bando ocorreram entre Dezembro de 2012 e Março de 2013, em dias de criatividade intensa, em completo isolamento. A fazenda da Gargolândia serviu como fonte de inspiração absoluta. O conceito do álbum e do próprio nome do projeto - Batista & Bando - foi investigar o que há de divino na tragédia quotidiana, o que há de fé até mesmo na experiência mais mundana.
A faixa Quando O Tempo Do Crime Chegar, uma sobreposição trágica de imagens contemporâneas com final esperançoso em forma de blues, deu início às sessões, seguida de Som Sem Marca, mais jazzy, uma reflexão irônica sobre a condição humana inquieta.
Em seguida, Tempo Suspenso, um western contemplativo também com a marca da ironia em sua reflexão, e Saque Ao Museu, uma saga que se apropria dos autores da história da Arte Contemporânea como personagens. Na mesma sessão, aconteceram as regravações das cordas das instrumentais Conto do Perdão e Um Dia Sem Sentir, ambas originais do filme The Pardoner's Tale, que receberam novos arranjos de Neymar Dias.
Depois foi a vez do blues O Dia Acabou e do rock pesado de Maquiado, além da instrumental Beleza Roubada, também original do filme. Para fechar as gravações, Batista teve a ideia de criar uma música dias antes dos últimos momentos na fazenda, que unisse a predominância do blues e das cordas que tivera até então em um único som: Para Ver O Mar é uma balada esperançosa acerca da possível tragédia do aquecimento global como metáfora da fragilidade do amor humano.