- Substância200 plays
- Um Bebado Só85 plays
- Minha tia mais nova156 plays
- Crescer141 plays
- Deus80 plays
- Voar No Ceu62 plays
- Dizem Pra Voce125 plays
- Fazer o que quiser103 plays
- Livre Pra Correr180 plays
- Recomecar41 plays
Comunidade
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Release
Israel de Assis: As primeiras gravações do Byronismo foram feitas em 1998 num pequeno gravador de fita K7. Meus primos William, Marcus Vinícius e Anderson ficavam horas gravando comigo, nunca fizemos nada muito bom. Nessa época nem a banda e nem as músicas tinham nome. Antes do fim de 1998, Anderson deixou de participar dessas gravações, mas William continuou. Em 1999 percebi que meu primo João Rodrigo estava tocando bateria razoavelmente bem. Então falei com ele que deveríamos montar uma banda. Ainda em 1999, William (na guitarra), João Rodrigo (na bateria) e eu (no baixo), subimos pela primeira vez num palco, ou melhor, num púlpito. Pode parecer estranho, mas os primeiros integrantes da banda tiveram iniciação musical dentro da igreja. Tocávamos nos cultos de uma igreja presbiteriana onde nossos familiares eram membros, por isso não tocávamos nossas músicas, mas sim as da igreja. O tempo passou e em 2000 tivemos que sair do púlpito da igreja. Estávamos bebendo muito e usando a igreja apenas pra ensaios. Não era justo com a igreja e nem com nossa banda. No início de 2001 fizemos a primeira música em em grupo (eu já tinha muitas outras músicas), "Substância" foi o nome que demos a ela. William me ajudou na composição e João impediu que cometêssemos suicídio naquela noite. Lembro-me (como se lembra de um sonho) que nessa noite William tentou atirar em João com uma espingarda sem balas, porque João não queria deixar a gente se jogar da lage.João precisou tirar meus tênis na hora de dormir, eu não consegui fazer isso sozinho. Seis meses mais tarde William preferiu seguir a vida religiosa, mas João e eu continuamos com a banda e tivemos que procurar outro guitarrista. Na metade de 2001 coloquei o nome da banda de Lord Byron, um poeta inglês da antiga que vivia bêbado, escrevendo coisas sobre a morte e ridicularizando a religião. Gostei dele! 2001 também foi o ano em que estudei na mesma classe e fiz amizade com Filipe (mais conhecido como Chorão) que se tornou um grande amigo e o guitarrista da banda. No final de 2001, subimos pela primeira vez num palco, o palco da escola Mademoiselle Perillier, onde todos integrantes da banda estudavam. Nesse mesmo dia em que tocamos uma banda que fazia cover do Nirvana se apresentou no mesmo palco. Até tocamos um cover do Nirvana junto ao baterista deles, Dalmir (O famoso Dal). Antes de acabar o ano de 2001 Chorão começou a se engraçar com a ex-namorada de João. Acho que João ainda gostava dela por isso eles brigaram. Como João deixou de aparecer pra ensaiar e o clima não estava nada bom, decidi chamar outro baterista. Chorão e eu lembramos do Dal, fomos a casa dele e o convidamos para tocar com a gente, ele aceitou o convite e em pouco tempo voltamos a tocar. Tocamos em vários bares que não merecem ter seus nomes citados aqui porque nunca deram um centavo pra gente, isso trouxe problemas sérios para banda. Também tocamos em festas e em outras escolas. No início de 2002, Chorão que ainda estava muito encantado com sua nova namorada (a ex-namorada do João), acabou se dedicando muito a ela. Ele também disse que seus pais estavam se separando e chorou (por isso seu apelido é Chorão, ele é muito emotivo), então disse que não tinha mais cabeça pra tocar. Dal e eu saímos em busca de outro guitarrista. Não foi fácil! William nos ajudou num festival que já estávamos inscritos e Juninho (nosso amigo e ótimo guitarrista) nos ajudou numa pequena apresentação. Ganhamos o terceiro lugar no festival. Após o festival William não voltou a tocar na banda, ele apenas deu uma força pra não furarmos nossa agenda. Juninho era integrante de outra banda, por isso nem o convidamos para tocar com a gente. A banda não teve que parar porque eu já tinha em vista um amigo bem doido que tocava guitarra, seu nome era Scott. Uma semana depois que o convidei pra tocar na banda ele quebrou o braço (a bicicleta dele não tinha freio). Por isso ficamos parados por quase um mês, até ele se recuperar. Ele demorou um mês pra aprender as músicas e então voltamos a tocar em vários bares. Novamente não ganhamos nada e os ânimos começaram a esquentar. No início de 2006 descobrimos que uma banda de metal já usava o nome Lord Byron. Eles tinham até um site, enquanto a gente não tinha nem um computador. Então, sem pensar duas vezes, resolvi mudar o nome da banda para Byronismo (que foi o nome dado ao movimento baseado nas idéias de Lord Byron). Nem os integrantes da banda gostaram muito do novo nome. Nesse tempo todo que passou gravamos apenas duas vezes, uma vez com o Chorão, e mais tarde gravamos as mesmas músicas com Scott. Não tínhamos dinheiro, os donos desses estúdios pequenos são muito canalhas e a banda não estava preparada. Depois de muito tempo tocando começamos a nos odiar. Ninguém tinha nada na vida e nenhuma perspectiva futura. Scott achava que estávamos perdendo tempo, ele dizia que tínhamos que arriscar a sorte em alguns desses programas de calouros na televisão. Eu sempre discordei dessas idéias dele. Eu sabia que não seriamos selecionados para tocar nesses programas. Tinha certeza que precisaríamos melhorar muito pra ganhar alguma coisa. E sendo muito sincero, me contentava em poder tocar em alguns lugares, mesmo sem ser reconhecido. Por causa disso Scott vendeu seu equipamento e comprou uma moto, ele queria trabalhar como moto-boy (não acho que ele fez um grande progresso). Dal e eu ficamos decepcionados com ele, mas infelizmente a vida é assim. No final de 2006 a banda acabou. Ninguém queria ser guitarrista da nossa banda, não tínhamos mais pique pra procurar, por isso resolvemos parar. Em 2007 senti uma vontade incontrolável de voltar com a banda. Conversei com Scott, mas ele não pareceu muito animado. Então conversei com o Dal, ele ficou animado e juntos começamos a caçar outro guitarrista. Chamamos Rodolfo, um grande amigo nosso que sempre se recusou a tocar com a gente. Ele dizia que nosso som não era exatamente o que ele queria fazer. No entanto, dessa vez, que foi a vez que mais precisávamos dele, ele aceitou. Logo nos primeiros ensaios percebi que eu ficaria melhor se apenas cantasse. Então convidei Danilo pra tocar baixo com a gente. Eu não o conhecia muito bem, sabia que ele e os integrantes das bandas dele (ele tinhas duas ou três bandas) não eram muito fãs do Dal e muito menos de mim. Mas por incrível que pareça ele aceitou o convite. Em junho de 2008 gravamos um single com quatro músicas. Uma delas é da primeira fase do Byronismo. Outra é uma composição antiga mas que até esse ano não havia sido tocada pela banda. E as outras duas foram feitas para a volta da banda. Até abril de 2009 o Byronismo era composto por: Dal na bateria, Danilo no baixo, Rodolfo na guitarra e Israel tentando cantar. Voltamos a fazer shows e estávamos bebendo bastante. Também estávamos próximos de lançar outro single quando Danilo quebrou nossas pernas. Faltando duas semanas para um show, Danilo disse que não daria mais pra ficar na banda. Eu fiquei sem chão quando ele me disse que iria sair. Tivemos que fazer o show e eu tive que tocar baixo e cantar. Mas ao que parece nos fortalecemos muito quando descobrimos que ainda tínhamos fôlego. Então chamamos Klaus (Kratos, o lenhador, rejeitado pelo diabo!), que havia estudado com Dal a algum tempo e que já havia tocado baixo em outra banda que o Dal participou. Ensaiamos, reformulamos as músicas e eu voltei a tocar baixo porque o Klaus deveria ser baixista, mas ele é muito melhor na guitarra. Então colocamos duas guitarras e eu sinceramente gostei do resultado. Quando estávamos procurando um estúdio pra gravar um novo single, meu primo Marcus Vinícius (aquele mesmo do começo) nos ofereceu sua aparelhagem para gravar nosso som e ainda se ofereceu para mixar. Ficamos felizes e deu muito certo. Acho que quem se ferrou foi ele, o Dal começou a chamar ele de produtor e amarramos ela a banda, todos nós o chamamos de produtor agora. Nossos amigos tiram nossa fotos (o fotógrafo se chama Brunão), gravam vídeos (os produtores dos clipes se chamam Clayton e Chorão [esse Chorão aqui é aquele mesmo que tocava com a gente, o Filipe]) e com a ajuda de muitas pessoas estamos quase parecendo uma banda de rock. Hoje, Novembro de 2010, o Byronismo é composto por: Klaus na guitarra e voz, Dal na bateria e Israel tentando tocar baixo e tentando cantar. Eu escrevi hoje no parágrafo a cima, mas não é verdade. Em breve teremos que fazer um livro do release. Muito obrigado por ter paciência em ler nossa história, eu não acho que seja realmente necessário escrever tudo isso, mas o Dal insiste que é importante, então deve ser. Até mais!