Cidão & Marinho

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EstiloSertanejo
Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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Cidão

Antônio Aparecido Tigre

Cruzeiro do oeste, pequena cidade do oeste do Paraná perto da próspera
Moreira Sales.No ano de 1957, exatamente no dia 27 de abril nasceu
Antonio Aparecido Tigre .

Filho de lavradores meeiros, de uma prole de oito irmãos, com sete
anos, era ele quem levava a bóia para os trabalhadores e com doze anos
já pegava na enxada e levava o eito quase como os adultos. Aos
dezessete anos, a família veio tentar a sorte na capital paulista,
ficando para traz apenas um irmão mais velho, chegando à capital foi
morar na Vila São José onde reside até hoje.

O caboclinho não tinha medo de serviço e foi trabalhar na
construção civil como ajudante, mas logo na primeira semana de
serviço, em uma obra em Diadema, presenciou uma briga entre dois
companheiros da obra, briga essa que resultou em um dos peões com os
bofes pra fora e o outro pulando o muro e caindo no mundo.

Depois dessa obra, houve várias outras: trabalhou como pedreiro,
pintor e até em um armarinho na Rua João Cachoeira no Itaim Bibi, loja
de um turco.

O CIDÃO MÚSICO

Aos oito anos de idade, o seu irmão mais velho ganhou um violão de
presente de um tio e Cidão teve contato com o instrumento, mas o
instrumento era do irmão, e ele tinha dificuldade em tocar, uma vez que
ele é canhoto, então ele comprou o seu próprio violão, aliás,
trocou uma porca que sua avó havia lhe dado a troco de um violão muito
velho, aí inverteu as cordas, e, autodidata, ficava vendo alguém tocar
e memorizava as posições e tentava repetir as notas.

Na trajetória musical, Cidão formou algumas duplas como o Ivan lobo,
depois com o Vitor César, com os quais permanece uma amizade de mais de
trinta anos, também cantou com o Saulo, formando a dupla Cido e Saulo
que inclusive teve um disco gravado pela extinta RA (não confundir com
a também extinta rca victor) o qual teve a produção de ninguém menos
ninguém mais que BAMBICO; mas a parceria mais conhecida foi com João
Mulato, na qual foi o Douradinho por quatro anos.

Mas o parceiro que cidão rende todas as homenagens e reconhece que foi
fundamental para a sua formação musical foi o grande músico Vanderil.

Marinho

Dois de setembro de mil novecentos de oitenta e tres, na cidade de João
Evangelista, Minas Gerais, O Sr. José Marinho do Nascimento, o Zé
Carreiro, e a Sra Maria do nascimento entregava ao mundo mais uma
criança, de uma prole de 7, nessa data nascia Darlon Marinho do
Nascimento.

Zé Carreiro, peão quase centenário, traz no nome a sua profissão,
ate hoje, em 2011, ainda fabrica carros de boi, e se orgulha do tempo em
que pegava gado selvagem nas paragens mineiras.

Darlon passou a infância na pequena João Evangelista, mas por ordem
de seu pai, não chegou a pegar no pesado, seu pai fazia de tudo para
que ele fosse estudar e, segundo Zé Carreiro, para ter uma futuro
melhor. E nas brincadeiras de infância, quase que a música perde um
violeiro: é que o menino Darlon era bom de bola, inclusive alguns times
pagavam um pequeno “cachê” para que ele jogasse alguns jogos.

Mas com 17 anos, Zé carreiro manda o filho para são Paulo para tentar
uma sorte melhor e, chegando à cidade grande, foi morar no Jardim
Ângela, bairro da Zona sul de São Paulo e com 18 anos, foi trabalhar
como segurança, função que exerceu por pouco tempo: a musica já
tinha aflorado naquele mineiro desconfiado e de fala mansa.

Certa vez, em 2000, Darlon estava em um salão de cabeleireiro quando
encontrou um rapaz que era músico e, conversa vai, conversa vem,
começou uma amizade entre Darlon e Santana, da dupla Santana e Said, e
Darlon já tocava violão, instrumento que aos seis anos, ganhara de
presente do seu pai, e sempre fora autodidata. Darlon passou a fazer
parte da equipe de músicos, e por cinco anos, viajou pelo país,
acompanhando Santana e Said tocando violão e, em algumas musicas,
viola. Em 2011, na escola de musica Oficina do Som, Darlon foi
acompanhar um amigo, o Cleiton, da Comitiva Jeitão de Caboclo, que
fazia aulas com o Mestre Ivan lobo e lá também freqüentava o Cidão,
e, numa dessas tardes, o Vitor César, parceiro de Ivan Lobo, percebeu
que aquele mineiro tímido, mas quando pegava a viola, se transformava,
tinha uma veia musical muito forte, e estando Cidão sem parceiro,
sugeriu que ambos cantassem alguma coisa juntos, o casamento de voz foi
perfeito e depois de algumas apresentações em bares e festas de
amigos, nasce o Marinho

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