O QUE ATUALMENTE SE CONHECE COMO CIRANDA EM PARATY ERA ANTIGAMENTE CHAMADO DE CHIBA, E QUE NADA MAIS ERA DO QUE UM BAILE DA ROÇA. ESTES BAILES DURAVAM TODA A NOITE E AS PESSOAS EXECUTAVAM DIVERSOS TIPOS DE DANÇAS.COM O PROGRESSO CHEGANDO OS BAILES DA ROÇA DESAPAREÇERAM,ASSIM COMO OS GRUPOS,FILHOS E NETOS DE CIRANDEIROS QUE AOS POUCOS FORAM ABANDONADO SUAS RAIZES E TRADIÇÕES.
NO VERÃO DE 2005, UMA MUDANÇA NO CENÁRIO MUSICAL PODE SER CONSIDERADA UM MARCO DE REVITALIZAÇÃO NA CULTURA LOCAL DE PARATY: A CIRANDA ELÉTRICA.
MISTURA DA TRADICIONAL MÚSICA CAIÇARA COM ELEMENTOS DO ROCK?N ROLL, COMO GUITARRA, BAIXO,BATERIA, UMA PERCUSSÃO DIVERSIFICADA QUE GEROU UMA CIRANDA MODERNIZADA;
A PROPOSTA DE UM OLHAR CONTEMPORÂNEO SOBRE O SOM DA CIRANDA DE PARATY, (RE)PAGINANDO A TRADIÇÃO CAIÇARA E REENCANTANDO COSTUMES QUE VINHAM ADORMECENDO.
O MOVIMENTO CAIÇARA DE CULTURA SE TORNOU REALIDADE,LEVANDO SUA MENSAGEM A CADA SHOW,ABRINDO OS OLHOS DOS JOVENS PARA A IMPORTÂNCIA DE RESGATAR E MANTER VIVA SUAS TRADIÇÕES FOLCLÒRICAS.
PARTICIPAMOS DE DOCUMENTÁRIOS,ESTAMOS PERCORRENDO OS CIRCUITOS DOS SESCS,ALÉM DE INÚMERAS ENTREVISTAS NOS PRINCIPAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO(RÁDIOS,2 MATÉRIAS PARA O JORNAL HJ,REDE BANDEIRANTES...)
ABERTURAS DE SHOWS DE ARTISTAS RENOMADOS COMO GERALDO AZEVEDO E ALMIR SATER.

MAIS DETALHES SOBRE A CIRANDA CAIÇARA TRADICIONAL DE PARATY NO SITE DO INSTITUTO HISTÓRICO E ARTISTICO DE PARATY - IHAPhttp://www.ihap.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=70&Itemid=71Blog Cirandas de Paratyhttp://cirandasdeparaty.blogspot.com/

COMENTÁRIOS:

Meu amigo juvenal pereira, garimpeiro de visões, foi até o quilombo campinho da independência, perto de paraty, para conhecer uma nova expressão musical dali, a ciranda elétrica. (Jotabê Medeiros)

Comentário de: Mauro [Visitante] 27.08.07 @ 09:46 Ciranda Elétrica é simplismente o melhor movimento da cultura musical na atualidade na região caiçara da costa verde. Vale apena conhecer.

Depois da missa das 19h e da passagem de som, um frenético solo do pandeiro chama o baixo, o cavaco, a tumbadora, a voz e o surdão (não necessariamente nesta ordem) pra Ciranda Elétrica no Quilombo do Campinho da Independência, 15 km de Paraty.Nos primeiros acordes do conjunto e da coreografia da Ciranda Elétrica, é inevitável comparar com a pegada da Nação Zumbi & Chico Science. A raiz é a mesma. Só que o mangue é o de Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. Distante milhas e milhas daquela realidade nordestina. Aqui brincam com o caiçara e seu entorno.(Juvenal Pereira)04/07/2008

Música de Paraty é bem representada no Festival da CachaçaPublicado em 20 20UTC agosto 20UTC 2010 por webmaster:

A banda Ciranda Elétrica, uma das mais conhecidas da cidade, mistura a ciranda tradicional de Paraty com elementos do rock?n roll, gerando uma ciranda amplificada. Eles sobem no palco dia 22, domingo às 20:30h.(Flipzona)

O documentário também mostra instrumentos tradicionais que guardam letras, modas e ritmos caiçaras: é a vez da viola, do adufo, do pandeiro e da rabeca virarem personagens. A releitura da música local é explicada através da introdução de sons modernos. Por exemplo, quando é retratado o grupo Ciranda Elétrica entram em cena guitarras e baixos, pois a banda de Paraty mistura música eletrônica aos elementos da "ciranda caiçara" ? antigos bailes em que se executavam diversos tipos de dança, desde os arraiás de festa junina, até os passos da valsa tradicional. (Planeta sustentável)

O aniversário de 03 anos do Perfil contou com tantas boas atrações que tivemos de colocar para reprise a super banda paratyense Ciranda Elétrica que eletrizou as estruturas com seu som mesclando a tradicional Ciranda de Paraty com o som contemporâneo desse grupo que é composto em sua maioria pelos filhos de antigos Cirandeiros.(programaperfil- band)

COMO DANÇAR:

CIRANDA
Dança de roda, cavalheiros por fora e damas por dentro, que desenvolve sua evolução na marcação do cantador.
É costume que os músicos fiquem dentro da roda para melhor organizar a dança. Durante o canto marcam-se as evoluções: "Balanceia", "volta e meia volta", "trocar de par", "continuar com o mesmo par", "olha a chuva", "olha a cobra", "é mentira", etc.
Homens e mulheres postados em volta da roda de dançadores aguardam o tumulto e a confusão criada pelos comandos "troca de par e mesmo par" para se misturarem aos dançadores e lhes roubar o par.

CANA-VERDE-DE-MÃO
Dança de origem portuguesa com características próprias no Brasil que a diferencia. Formam-se grupos de dois pares que, ao som da música, fazem evoluções: os homens dão uma volta em torno de sua dama tomando-a pela mão e em seguida se dirigem à dama do outro par e fazem a mesma evolução em sentido contrário. Dependendo da habilidade dos pares as evoluções podem ser mais aceleradas, mais lentas ou mesmo evoluir sem se tocar e à grandes distâncias.

CANA-VERDE-VALSADA
Os pares dançam abraçados fazendo evoluções normais de uma valsa.

CANOA
Música valsada na qual os pares dançam juntos por todo o tempo.

ARARA
É a mesma dança da Canoa na qual um dançador, sozinho e de chapéu à cabeça passeia entre os pares e na marcação do cantador: ?Olha o arara, olha o arara, passa pra outro que o arara vai ficar?, coloca o chapéu na cabeça de um rapaz e passa a dançar com a sua dama. Assim a dança vai se repetindo e o último a ficar com o chapéu e sem dama é o arara, ou seja, o bobo.

MARCA DE LENÇO
É igual a dança do Arara, só que desta vez é uma mulher que fica sem par e leva sobre seus ombros, um lenço. Ao canto do estribilho coloca o lenço sobre o ombro de outra mulher e lhe toma o par para dançar.

FELIPE
É uma dança em que os pares evoluem pelo salão abraçados até que ao canto do refrão: ?Quá, quá, quá, quá, quá, namora Felipe que não faz má?, os pares se separam e a dama segurando a mão do par, gira em volta de si mesma e torna a se abraçar com ele.

CARANGUEJO
Dança de roda na qual os pares dão-se as mãos, alternando-se homem e mulher, rodando pelo salão e obedecendo a marcação do cantador, batem os pés e as mãos, se enlaçam, rodam e os homens passam, adiantam-se para dançar com a dama à sua frente. Durante a evolução os dançadores evoluem para o centro e para fora da roda à marcação de ?Olha a onda?.

Do livro "Roteiro do Visitante" de Diuner Mello, 2 edição, revista e ampliada Paraty, 2002.