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Comunidade
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Comentários
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Release
O Espetáculo Junino “Um Maranhão de Festanças sob as Bênçãos de São José de Ribamar” é uma declaração de amor a nossa Ilha Encantada, uma saudação às principais manifestações folclóricas deste Estado e um ‘Viva’ a São João e ao nosso seu Santo Protetor, São José de Ribamar.
O início dá-se ao som das caixas do “Divino Espírito Santo”, celebração religioso-profana, trazida ao Maranhão pelos Açorianos, em meados de 1620. Tendo sua vertente na festa do “Divino Espírito Santo”, que ao fim da festa, em todas as casas, realiza-se o carimbó das caixeiras. Criou-se assim, a dança do “Cacuriá”, cordão e roda, depois do término do festejo do Divino, para prolongar a brincadeira.
Dança típica das regiões praieiras, os folcloristas concordam, no entanto, que a “Dança do Coco” teve origem no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. Os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo.
O louvor a São Benedito vem no “Tambor de Crioula”, dança afro-brasileira cuja principal característica coreográfica da dança é a formação de um círculo com mulheres dançando alternadamente no centro. Um de seus traços distintivos é a Pungada (a umbigada).
Entramos no universo do “Bumba-Meu-Boi”. Com temática constante que se resume na estória da gravidez de Catirina e seu desejo insofreável de comer a língua do boi mais bonito da fazenda, compelindo o Pai Francisco, seu homem, a satisfazê-lo, furtando o boi. É considerado por muitos, uma das principais manifestações culturais do Estado. Tanto que em cada região tem uma peculiaridade, chamado Sotaque. Iniciamos com o originário “Sotaque de Zabumba”, mais África; assenta-se inteiramente nos tantãs enormes - os zabumbas, levados numa vara e tocados com uma maceta. O ritmo cadenciado, chamando senzalas e mocambos, num compasso de soca-pilão, às vezes até se apressa num alegro.
No “Sotaque da Baixada ou Pindaré”, mesmo sendo de Matraca, possui um ritmo muito mais lento. Usa veludo ricamente bordado e franjas com miçangas e canutilhos, os chapéus armados arrematados com longas penas e cobertos de fitas multicores pela parte de trás, são detalhes que os distinguem e os enriquecem.
O “Sotaque de Matraca ou da Ilha” é mais excitante. Imaginem-se duas, três, cinco, dezenas de tabuinhas batidas freneticamente umas contra as outras, num delírio. E quando estralejam no repinicado, fazendo crescer o entusiasmo, ao som dos fortes pandeirões, referve a brincadeira, é o clímax.
Fechando, vem o “Sotaque de Orquestra”, o mais recente, mesmo que também tenha idade. A música é faceira, cabriolante, panteísta. Conta o pessoal de Rosário que ele surgiu graças ao saxofone de um certo músico que, vindo de uma tocata, deparou-se com o boi. Contagiado por aquela poesia, procurou acompanhar-lhe a melodia e, por fim, incorporando-se ao conjunto, fez nascer o Boi-de-Música.
Encerramos nosso passeio pela beleza das nossas manifestações com a alegria dos pares enamorados que pulam e dançam ao redor da fogueira, dando vivas a São João, São Pedro e Santo Antônio com essa dança bem típica da região Sul do Estado. É a “Quadrilha”.