É pena que você pense Que eu sou seu escravo Dizendo que eu sou seu marido E não posso partir Como as pedras imóveis na praia Eu fico ao seu lado sem saber Dos amores que a vida me trouxe E eu não pude viver Eu perdi o meu medo O meu medo, o meu medo da chuva Pois a chuva voltando Pra terra traz coisas do ar Aprendi o segredo, o segredo O segredo da vida Vendo as pedras que choram sozinhas No mesmo lugar Eu não posso entender Tanta gente aceitando a mentira De que os sonhos desfazem aquilo Que o padre falou Porque quando eu jurei meu amor Eu traí a mim mesmo, hoje eu sei Que ninguém nesse mundo É feliz tendo amado uma vez Uma vez Eu perdi o meu medo O meu medo, o meu medo da chuva Pois a chuva voltando Pra terra traz coisas do ar Aprendi o segredo, o segredo O segredo da vida Vendo as pedras que choram sozinhas No mesmo lugar Vendo as pedras que choram sozinhas No mesmo lugar Vendo as pedras que sonham sozinhas No mesmo lugar A capacidade de Raul Seixas para compor letras multifacetadas era admirável. É mais do que merecida a fama de gênio que o pai do rock carrega até hoje, com um legado marcado por grandes composições. Em Medo da Chuva, canção presente no álbum Gita, o terceiro da carreira de Raul, lançado em 1974, ele faz uma crítica ao casamento, enquanto uma instituição que foi imposta aos seres humanos. A música "Medo da Chuva" de Raul Seixas fala sobre o medo da chuva, mas também simboliza a renovação e o aprendizado que vem com as experiências da vida1. A chuva, que antes era um medo, agora é vista como uma fonte de sabedoria e vida, trazendo 'coisas do ar' para a terra1. A música também aborda o tema do casamento e a ideia de jurar passar o resto da vida com a mesma pessoa Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho