A música sempre fez parte da vida de Cristiano Leão. Cantor, compositor e arranjador, iniciou sua carreira já aos 16 anos – como tantos outros nomes da música popular, fazendo shows de voz e violão em bares e restaurantes do Centro Histórico de Salvador. Pouco depois, foi convidado a cantar no bloco afro mais tradicional e prestigioso da Bahia e do Brasil, o Ilê Aiyê, onde canta já há 11 anos e onde desenvolveu sua herança musical afro-baiana, sua consciência de negritude e os tons de raiz africana negra que hoje marcam sua voz.

Com o Ilê, - além dos ensaios no Curuzu, dos desfiles de Carnaval e das festas da Beleza Negra - participou do CD Ilê Aiyê 25 Anos e de turnês nacionais e internacionais. Em 2004, em Barcelona, além de vários shows, participou da gravação do DVD do grupo afro-árabe Nass Marrakech, tendo ocasião de experimentar com a fusão das tradições musicais da África negra e da África árabe.

Além disso, teve oportunidade de dividir o palco e o trio com grandes nomes da música brasileira, tais como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Alcione, Jair Rodrigues, Cidade Negra, Luciana Mello, Jorge Ben Jor, Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Fat Family, Martinho da Vila e Emílio Santiago.

Cristiano é também participante ativo dos projetos sociais e educacionais do Ilê Aiyê: professor de canto e coral da banda infantil do Ilê, a Banda Erê, e do Projeto Caminhar do Juizado de Menores, hoje professor de canto e coral do Centro Espiritual Glória Santiago, em um bairro da periferia de Salvador.

Em 2005, Cristiano iniciou um trabalho com a Banda Alphorria, como vocalista e guitarrista e, sobretudo, compondo o repertório da banda – que define seu estilo como afropop - com arranjos surpreendentes.

Hoje, Cristiano Leão retoma e renova seu primeiro amor, a MPB, tendo há pouco gravado seu primeiro CD solo, Cristiano Leão Acústico. Neste, interpreta músicas de compositores consagrados, inovando-as com o matiz pessoal de sua voz e de sua formação musical, chegando mesmo a reativar memórias de sua herança familiar de Santo Amaro, no Recôncavo, em um samba de roda ao mesmo tempo tradicional e atualizado. Este é o estilo que oferece hoje em seus shows de voz e violão, ou com sua banda : uma mescla de afro pop, MPB e samba, em arranjos originais e criativos.