solidão – a obra
em outro bar, em uma esquina qualquer
o amar não é mais como era então
coração que adoece sem tua presença
onde está a arcádia que me prometeu?
em outro bar, em qualquer esquina 
a paixão que jamais sentimos
sou poesia e
o meu canto é de quem crê
na solidão


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o tempo e o espaço - infinitos em sua finitude, largos em sua estreiteza, indefinidos em sua definição.
qualquer tempo, qualquer espaço. o todo em 09:42. a criação é solitária, a poesia é dor, o amor jamais sentiu e só há solidão em mim.
relações áridas como o deserto, sentir-se só acompanhado, o violão deixado para trás e a música é só uma reminiscência.
criação, perda, desencontro: solidão.
minimalismo.
uma obra tão minúscula quanto a existência.


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agradecimentos aos maiúsculos que não só compreenderam esse painel como contribuíram para sua formação.
imprescindíveis:
Bruno Duluoz, observador clínico, um inquieto faz-tudo que com sua arte de cliques tem o poder de congelar o tempo e registrar o espaço;
Felipe Magrinelli e Rafael Hauck, artistas viscerais do registro e das texturas, com o auxílio dos incansáveis Pedro Ferreira Schmitt e Philippe Branco (PH);
Débora Dreyer, um porto-seguro, que tranqüiliza as almas intranqüilas daqueles que cantam a partir de seus avais técnicos;
Karoline Floriano, portadora de apurado senso estético, que nos entende como poucos;
Estúdio Audio Porto, nossa toca do coelho, nosso mundo de magia e fantasia.
eternamente gratos. 
cruz & jobim