Samba Triste De Ze Maria
Composição: Daniel Marques.Samba triste de Zé Maria.
Ela morreu numa quarta feira de cinza, depois do carnaval.
Só restou pra Zé Maria seu violão e um pequeno punhal.
Eu sei que é sofrer, e Zé Maria também sabia.
Subiu no morro pra não mais voltar,
Caiu no samba só pra vadiar Maria...
Mas toda cidade vai saber,
quando Zé Maria, voltar a viver...
Na praça um violão lamenta a tristeza que todos padecem e o alvo é a eterna agonia dos braços de alguém...
Na praça um violão lamenta a fraqueza que todos padecem, e o alvo é a eterna saudade dos braços de alguém.
Chorando e tocando seu samba, o povo olhando e não entendendo,
o que estará Zé fazendo, tocando um samba assim.
Parece um dobrado de morto, ou um réquiem pra Jobim.
Todos já percebem o fim, fazendo a fermata da música, termina também seu caminho, um punhal se encontra sozinho em seu coração.
Cravado no corpo sem vida, a adaga molhada de sangue, abraçado ao seu violão, só ele entendia seu pranto, buzinas e gritos, socorros, os olhos opacos e a mosca na boca daquele que não canta mais.