- Enchendo e Derramando121.077 plays
- Forró e Vanerão83.461 plays
- Choro de Saudade56.461 plays
- Bandeira do Sertão88.522 plays
- Alegria Presa86.282 plays
- No pé da cajarana73.887 plays
- Como te Vejo45.631 plays
- Mulher do Cabelão55.048 plays
- De volta a minha terra52.540 plays
- Chora Nêga119.956 plays
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Delmiro de Araújo Barros, ou simplesmente Delmiro Barros é cantor e compositor. Nasceu na cidade pernambucana de São José do Egito, conhecida como a "Terra da Poesia", onde começou sua carreira artística e reside até hoje.
Marcado pelas canções que tratam de vaquejada e por sua voz é o compositor da famosa "Boi de Carro" e "Cajueiro", entre outras músicas.
Ouça Boi de Carro
Seus maiores sucessos são de sua própria autoria e tem como parceiros de composição Sirano (da dupla Sirano e Sirino), Fenelon Dantas, Lostiba, dentre outros.
Quando tangia o gado no sítio Serrinha, onde nasceu, Delmiro Barros costumava inventar uns versos. Saía pelo meio do mato fazendo o chamado aboio de grota, aquele canto melancólico que o vaqueiro vai entoando solitariamente quando pastoreia o gado.
Nas vaquejadas, em troca de uma boa cachaça, Delmiro Juntava gente ao seu redor para escutar os aboios. Mas aboio e a vidinha simples na roça eram muito po
uco para ele, na época. Assim, em busca de dias melhores, lá se vai Delmiro Barros tentar a sorte em São Paulo, em 1987.
Na capital paulista, trabalhava como frentista sem se distanciar das raízes da música nordestina. Em 1993, juntou-se aos cantadores de viola Raimundo Borges e Fenelon Dantas mais o irmão Nelson Barros, também aboiador, e gravou um disco. Não passou das mil unidades vendidas, mesmo assim, Delmiro se deu por satisfeito.
Em 1994 veio outro disco. Como o universo do aboio era restrito em termos de público, resolveu uni-lo ao som da vaquejada forrozada. Não vendeu tão bem, mas o disco serviu como cartão de visita para apresentações em casas nordestinas de espetáculos em São Paulo.
Cansado da agitação da capital paulista e com saudade da terra, voltou a São José do Egito em 1995. Na mente, uma decisão: não pretendia mais voltar para a roça. Resolveu ir em busca de patrocínio e em 1997 gravou o CD ?Vaquejada Forrozada?. O lançamento do CD foi na Festa Universitária. ?A aceitação foi muito boa. O disco vendeu bem e é um dos mais procurados até hoje?, conta Delmiro.
NA DIREÇÃO DO SUCESSO ? Aí começaram a aparecer os primeiros shows e Delmiro entrava para a história da música regional nordestina. Daí até agora foi praticamente um disco por ano. No momento, está lançando seu 10º CD ? É BOM D+.
O estilo de Delmiro Barros já está sacramentado. É o forró de vaquejada. Bem romântico e natural. ?A letra apelativa não faz parte do meu repertório?, destaca o cantor / poeta. A maioria das composições é de sua autoria.
Mesmo longe da grande mídia, Delmiro mantém uma carreira estável. Apesar da pirataria ? da qual ele não é contra ? chega a vender cerca de 20 mil cópias por disco. ?Só vai para a pirataria quem vende. Se sou pirateado é porque estou em evidência, é porque sou lembrado. O mercado do paralelo só prejudica os grandes empresários. A mim não prejudica em nada?.
O cantor, poeta e compositor, faz uma média de seis shows por mês. Em junho este número passa de 25. Apresenta-se em quase todos os estados nordestinos. ?Quem defende a cultura regional fica meio limitado, mas mesmo assim, tenho uma agenda cheia?, orgulha-se.