Diego Luz

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Cidade/EstadoTaubaté / SP
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Release

“Deriva” pode ser encarado de formas distintas. É o segundo disco de músicas inéditas de Diego Luz; o álbum reflete a busca de um artista em construção; é o disco que, por ter seu título inspirado na poesia de “Fernando Pessoa”, traz um amadurecimento poético em suas letras, soa deliciosamente familiar desde a primeira audição; é o segundo disco produzido dentro do estúdio de modo orgânico. Por (tudo) isso, vamos enxergá-lo por meio da jornada deDiego Luz.

Em 2012 surge o projeto “Só na Canção”. Projeto que une cinco músicos e compositores Vale Paraibanos. O “Só na Canção” é integrado por Diego Luz, Pedro Freire, Gui Lessa, Junior Guimarães e Gustavo Lessa.A união se deu pela oportunidade de trocar experiências e estudar composição. Desses encontros muitas canções surgiram – canções que são a matéria prima do disco “Deriva”.

Para “Deriva”, a produção de “Oscar Gonzalez”, produtor de seu primeiro disco, foi fundamental para dar diálogo a um novo momento.Momento de mudança procedida por experiências enriquecedoras.

A cada fase da jornada musical de Diego Luz, um novo sentimento toma conta da alma de todos os envolvidos. Em 2014, novas roupagens, novos lugares e novos parceiros. Experimentações que culminaram num estado deriva, deixando se levar por notas desconhecidas. Sempre ávido por novidades sonoras.

O festival Certame da Canção (2012), no renomado Conservatório de Música de Tatuí; as experimentações do EP “Caso do Acaso” (2013); a nova música Taubateana (2014); o patrocínio e parceria com a Sociedade da Cerveja (2015), o fortalecimento da amizade com o produtor musical Oscar Gonzalez; o palco dividido com a nobreza feroz de BNegão (2015). Tudo e todos são parte do “Deriva”.

A fórmula fica fácil de ser lida assim. Mas é melhor aproveitada na audição.

Diego Luz abre o disco “Deriva” com “Goma, Colarinho Branco”, um som dissonante com poesia crítica e carregada. O cenário político atual é a inpiração para essa canção.

“Logado” questiona um pouco a fragilidade da exposição e a necessidade da construção inconsciente ou consciente de um estereótipo em redes sociais.

Não é fácil se colocar à deriva. É preciso conhecer o tempo, as pessoas, os rumos do vento, da vida. É se entregar ao mundo. Colocar-se nesta condição atemporal não é um simples querer, mas também é estar preparado para qualquer chegada e desafios. O mundo moderno não topa a deriva. Deixou-a perdida nas corredeiras dos rios, nas ondas do mar, nas gotas das chuvas, na brisa da manhã, no balé das nuvens e na poesia de Fernando Pessoa. Mas é o estado de espírito necessário para qualquer artista. "Navegar é preciso; viver não é preciso".

De volta ao disco, a poesia e canção de Diego Luz também apresentamcenários e situações muito particulares emocionalmente; como as canções “Desabafo”, “Pra Você”, “Coragem”, “Deriva” e “Brubuleta”.

“Posso Ver” é um sopro de esperança. Retrata a busca pela oportunidade como compostor no cenário musical atual.

Algumas canções simplesmente ocorrem. Não carecem de reformulações ou questionamentos maiores. A canção "Palhaço" é uma dessas. Foi composta em 5 minutos após assistir o filme "Palhaço" de Selton Mello no cinema. O "Palhaço" que mesmo no encontro com sua aptidão nutre sua curiosidade para o que é diverso de seu cotidiano vira canção ao olhar de Diego Luz.

E para finalizar, “Recomeço”, “Jornal” e “Sacada” são frutos do projeto Só na Canção. As duas primeiras são em parceria com o músico e compositor Pedro Freire.Grande parceiro de composição de Diego e que participa de oito das 12 canções que compõem o disco “Deriva”.A última, “Sacada”, em parceria com Pedro Freire e Junior Guimarães, retrata o ambiente que é o berço da união que leva o nome Só na Canção.

Observar este estado de fluidez faz com que percebamos a unidade da música que aqui nos trouxe. Pessoas totalmente incumbidas em apresentar o melhor de si. Unidos pela necessidade de estar embriagados por amizades e sonoridades. Artistas, pessoas comuns. Ao final, todos querendo brindar a novidade.

O resultado: À Deriva.

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