Instruções
Composição: Douglas Din (part. Matéria Prima).Avante resistência sem queimar ou levar tinta
através das realidades que você pinta
e borda, traços que abordam quem já transborda
de contradições em adição desde que acorda
e dorme com as cantorias que confundem
sobre onde a teoria e prática se fundem
e se fortalecem bem antes do praticar,
falta de coerência é um mal a se erradicar
e existir é caminhar, tu estacionou no divã
ou ringue, o gongo soa pra todo tipo de fã
advogarem pro ídolo que é uma joia,
as faces do movimento que tem paz pra quem apoia
e só, desestabiliza habilidade aplicada
no exercício da cultura da queixa desenfreada
e sem revisão, quem lembra que a união
faz força e essa força é pra todos sem exceção?
Sigamos em frente pensando na unidade.
Se equilibrando na fala, sem imunidade
contra o erro próprio, seres imperfeitos.
Sem tentar combater preconceito usando preconceitos.
[refrão]
Quem guia também se perde,
uma hora é a pedra e outra é o teto.
Com a mesma língua aqui se cobra, aqui se paga
o desvio do papo reto.
[Matéria Prima]
Peça um conselho e leve um paradoxo.
Nesse filtro há mais sujeira do que filtra monóxido.
No palco a altitude da atitude, em cima do beat mostra beatitude,
desce e cola com as bitch que ilude.
Ideia mais fraca que a carne
e ainda é mais seguido do que o Fred pelo Barney,
mas pela controvérsia vão contra o verso.
Despedem o seu profeta e se vão dispersos.
Pescadores de ilusões com rede wireless.
Buscando carpas e acham o “monstro do lago Ness”.
O stress sobra pra quem faz o retrato falado
de uma real da qual também se vive o outro lado.
Já que a lua cheia brilha, mas tem o seu lado oculto.
Tem bocas cheias de rimas mostrando o lado culto,
mas no menor deslize no que diz é tido como insulto,
visto como moleque querendo ser adulto.
Adulterando a verdade que é de múltipla escolha.
Se é aquilo que planta então que aquilo colha.
Condenam até que seu coração encolha,
sendo que ele é um mero instrumento da caneta e da folha.
[refrão]
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