Céu
Composição: Dyego Habacuque.Sinto falta das nuvens, elas me curam
Confesso que eu já perdi toda minha esperança
As leis da física são uma prova, que hoje
Se a vida te derruba, difícil ver quem levanta
Aos prantos, quantos prontos, deixa tonto ouvir
Como um brejo ecoando, ouço o mundo gritar
A cada passo que atola, já perdi minha cartola
Se coloco os pés pra fora, não consigo acreditar
Será que se ainda existe um céu?
Será que as nuvens vão se acalmar?
Será que está indo tudo ao bréu?
Nublando os núcleos de uma exposição solar
Se o fogo possuir o meu papel
Sei que ele saberá interpretar
Não escrevo, eu descrevo um áureo
De uma realidade que não vai se a passar
Eu sei que fiz minha escolha
Espero que encha a geladeira
Enquanto o céu não se vai
Sigo na trilha estreita
Mesmo que hoje não chova
Eu calo gente trambiqueira
Hoje a Torre de Babel caí
E eu tô gritando madeira
Eu sei que fiz minha escolha
Espero que encha a geladeira
Enquanto o céu não se vai
Sigo na trilha estreita
Mesmo que hoje não chova
Eu calo gente trambiqueira
Hoje a Torre de Babel caí
E eu tô gritando madeira
Um futuro, impuro, duro eu sei que é
Mais forte que o surto, contudo, será sua fé
No fundo já prevemos, o que já vemos no Alasca
Numa viagem que foi descrita por Fabio Brazza
Tudo passa, não para, é a lei cronológica
Vemos apenas aquilo que foi oferecido por óticas
Sem lógica, tento acreditar, mas medo tenho
Que o céu se rasgue, causando um rasgo no tempo
Eu sei que fiz minha escolha
Espero que encha a geladeira
Enquanto o céu não se vai
Sigo na trilha estreita
Mesmo que hoje não chova
Eu calo gente trambiqueira
Hoje a Torre de Babel caí
E eu tô gritando madeira
Eu sei que fiz minha escolha
Espero que encha a geladeira
Enquanto o céu não se vai
Sigo na trilha estreita
Mesmo que hoje não chova
Eu calo gente trambiqueira
Hoje a Torre de Babel caí
E eu tô gritando madeira