Preserve a Natureza
Composição: Galvão/Rubenio Marcelo.A nossa pátria bendita
É dádiva deslumbrante:
Tem manganês, diamante,
Petróleo, níquel e bauxita;
Tem cobre, cassiterita
E ouro de bom quilate.
Mas, entretanto, o embate
Do vil progresso é crueza.
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
O nosso imenso país
É autossuficiente.
Por isto, é que a nossa gente
Devia ser mais feliz.
Porém o almofariz
Do homem, em disparate,
Degrada o nosso habitat,
Com desvario e rudeza...
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
Quão lindo é o Pantanal
Com sua fauna em quermesse!...
Ah se a gente tivesse
A Amazônia Legal!
Mas a gana industrial
- Que é do pavor o resgate -
Deixa cor de chocolate
O céu que era azul-turquesa.
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
O homem, este vilão,
Ganancioso, imprudente,
Depreda o meio ambiente
E causa a poluição;
Tinge o branco da razão
Com avareza escarlate;
Vende o solo, qual mascate,
Destrói a flora indefesa.
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
O homem polui as águas
Dos rios, lagos e mares;
Lança fuligem nos ares,
Causando pungentes fráguas.
E isto são nós de mágoas
Que não tem mais quem desate.
Assim, os versos do vate
Alertam com profundeza:
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
Por isto que este repente
Ecoa altivo e reitera
Em lúcida voz, sincera,
Dizendo pra toda gente:
Preserve cada semente,
Jamais uma planta mate;
Seja prudente, aquilate,
Suas ações com nobreza!
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
É preciso habilidade,
É preciso assimilar
A forma de sustentar
A sustentabilidade!
Engajar-se de verdade,
Evitando o disparate:
Combater o bom combate,
Ciente de uma certeza:
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.
A sustentabilidade
Começa dentro de nós,
Nas ações, na nossa voz
Na nossa comunidade.
É preciso haver vontade
De se exercer um debate
Que efetivamente trate
Esta questão com franqueza.
‘Nosso mal à Natureza
Sobre nós mesmos se abate’.